Mauro Cid não responde às perguntas da relatora da CPMI do 8 de janeiro
O tenente-coronel invocou direito de permanecer em silêncio mais de 20 vezes
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez 24 perguntas ao depoente desta 3ª feira (11.jul), o tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entretanto, não respondeu nenhuma delas.
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Em todas, ele invocou o direito de permanecer em silêncio naquilo que eventualmente o incrimine. Eliziane Gama perguntou, por exemplo, se ele confessa que solicitou a inserção de dados falsos sobre vacinação no sistema do Ministério da Saúde; se confirma que familiares seus usaram cartão de vacinação falsificado por ele; se não sente culpa por ter aderido a movimentos extremistas; se havia a possibilidade de Bolsonaro utilizar cartão de vacinação falsificado para viajar a outros países que não os EUA após 31 de dezembro do ano passado; por que Bolsonaro não confiava no Alto Comando do Exército; o que significa o "Dosssss" do nome de um grupo encontrado no celular de Mauro Cid; se todos os integrantes deste eram membros do sistema de operações especiais das Forças Armadas; por que o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o advogado Fabio Wajngarten foram visitar o tenente-coronel durante o período de prisão; se sente-se abandonado por Bolsonaro; e se tem interesse de colaborar com a CPMI.
Mauro Cid chegou por volta de 10h35 no plenário onde está sendo realizada a reunião do colegiado, para depor. Antes da inquirição da relatora, fez um discurso em que destacou sua própria trajetória dentro das Forças Armadas. Ele foi fardado à CPMI, e Eliziane chegou a dizer que "em nome da farda que está vestindo", ele deveria minimamente dizer aos parlamentares quem eram as pessoas presentes no grupo Dosssss. Ainda assim, permaneceu em silêncio. A reunião da CPMI foi suspensa por uma hora às 13h.
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