União Brasil defende que votação da reforma tributária seja adiada na Câmara
Partido se manifestou contra plano do governo horas após manutenção de Daniela Carneiro no Turismo
Lis Cappi
O União Brasil defendeu, nesta 5ª feira (6.jul), o adiamento da votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Por meio de uma nota, divulgada minutos antes da retomada da análise em plenário, o partido argumentou que não há condições de votar o texto sem uma maior discussão sobre o tema. O movimento veio horas após o governo decidir manter Daniela Carneiro no Ministério do Turismo. O cargo dela foi reivindicado pela sigla.
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Entre os nomes que assinam pelo adiamento está o deputado Celso Sabino (União-PA), cotado pelo partido para substituir Daniela na pasta. Outros 36 parlamentares também assinaram o posicionamento - ao todo, a base do União é de 59 deputados.
A movimentação da sigla contraria pedido do governo, que atua para aprovação do projeto o mais rápido possível no Congresso. Na nota, o União Brasil pede para que o texto seja analisado por mais tempo, e fique para o segundo semestre. Leia o comunicado:
"Considerando a importância para o país, bem como a complexidade do tema em pauta (Reforma Tributária), a maioria da bancada do União Brasil entende que não há condições de se votar o referido projeto antes de profunda análise junto aos parlamentares e à sociedade brasileira. Portanto, a bancada defende que a votação do projeto ocorra no segundo semestre, propiciando o tempo necessário para melhor estudar e discutir esse tema relevante e complexo. Nosso compromisso é com o Brasil", diz a nota.
Após a divulgação do partido, o governo mudou discurso adotado mais cedo e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, divulgou nota em que afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir com o União Brasil para receber o nome de Celso Sabino para o Ministério do Turismo.