Partidos vão pedir investigação sobre política monetária do Banco Central
Líderes criticam manutenção da taxa básica de juros no patamar de 13,75% ao ano
Guilherme Resck
Líderes, na Câmara dos Deputados, de nove siglas -- PT, PV, MDB, PSD, Solidariedade, PSB, PDT, PCdoB e Rede -- e presidentes do Fórum dos Partidos Progressistas se reunirão com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para entregar uma petição para que seja instaurada investigação sobre a política monetária do Banco Central (BC). O encontro está marcado para as 16h desta 4ª feira (5.jul).
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O "procedimento apuratório" solicitado, ressaltam, é para que se investigue "a possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%".
O documento solicita ainda a "apuração de eventuais responsabilidades do atual presidente do Banco Central do Brasil no que se refere a demora e o não cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social, porquanto reiteradamente inexitosa a postura do BC no que define a lei (art. 1º, parágrafo único, da Lei Complementar nº 179/2021)".
De acordo com os signatários, as justificativas apresentadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para manter a taxa básica de juros em 13,75% em 27 de junho "atrelam-se a uma conservadora política econômica que ignora as favoráveis quedas inflacionárias dos últimos meses, bem como omite-se do efeito negativo da alta taxa de juros, impondo uma desaceleração da economia e manutenção da retração da atividade empresarial, criação de empregos e qualidade de vida dos brasileiros".
Confira a íntegra da petição: