Lindbergh Farias defende que acampamentos sejam desmontados até a posse
Para deputado eleito, manifestantes podem ameaçar a segurança de pessoas que irão ao evento
Milena Teixeira
O deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, na tarde desta 2ª feira (26.nov), que o acampamento de bolsonaristas em frente ao quartel-general do Exército em Brasília deve ser "dissolvido" até a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo dia 1º. Para o petista, os manifestantes podem ameaçar a segurança das milhares de pessoas que devem acompanhar o evento.
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"O bom senso diz que as Forças Armadas e a Secretária de Segurança Pública têm que procurar desarmar aquele acampamento. Aquele acampamento é muito perigoso em um momento de festa", afirmou o parlamentar em conversa com jornalistas no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde funciona o gabinete de transição.
Ainda de acordo com Farias, as pessoas envolvidas em atos antidemocráticos devem ser "severamente punidas". "Eu acho que a instituições têm que ser fortes nesse momento. Tem que punir. São atos terroristas na frente do quartel-general. Eu espero que exista uma ação das Forças Armadas para tirar e dispensar essa turma antes do dia 31", reforçou o deputado.
Ameaça de bomba
No sábado (24.dez), um homem foi preso após plantar uma bomba em caminhão que transportava combustível perto do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. O objeto tinha um detonador que poderia ser acionado à distância. Com o homem, a polícia apreendeu uma série de armas de fogo.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, o suspeito é bolsonarista e participava dos acampamentos no QG do Exército em Brasília. Ele confessou que a tentativa de atentado visava "provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil".
O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações do caso. E a equipe de transição vai reavaliar o esquema de segurança para a posse do presidente eleito.
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