Governo não tem dinheiro para obras de emergência, diz Randolfe
Senador alerta para falta de orçamento em eventual acionamento da Defesa Civil, por conta de chuvas
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz parte do grupo técnico de desenvolvimento regional do gabinete de transição, revelou que o atual governo não deixou recursos para situações de desastres naturais, como enchentes, a partir de 2023. Segundo o parlamentar, o problema é motivado pela priorização de alocação de verbas para as emendas de relator, apelidadas de orçamento secreto.
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"Pela situação atual, em janeiro não terá nenhuma capacidade de investimento. Ao invés de alocação de recursos em obras, como contenção de encostas ou emergência, estão alocados em emendas de relator, RP9, orçamento secreto", disse Randolfe. O parlamentar se referiu às chuvas de verão, que costumam provocar desmoronamentos e enchentes em áreas de risco, como na região serrana do Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com o senador, a dotação orçamentária para eventual acionamento da Defesa Civil e realização de obras emergenciais é de apenas R$ 2 milhões de reais. "Não é o suficiente nem para atender a uma cidade do interior", completou. As declarações foram dadas no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição.
Um dia antes, o parlamentar já havia divulgado um balanço de que o atual governo gastou em 2022 R$ 700 milhões em obras de contenção de acidentes, mas que o orçamento previsto para 2023 era de 120 milhões, seis vezes menor. Ele ainda ressaltou que em 2018, 19% dos recursos do desenvolvimento regional tiveram origem nas emendas parlamentares. A participação da fonte saltou para 64% em 2022. O senador defende a recomposição do orçamento da pasta.