Denúncias do MEC: diretores do FNDE irão participar de audiência no Senado
Comissão de Educação apura a atuação de pastores na liberação de recursos do MEC
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Dois diretores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) confirmaram que irão participar da audiência na Comissão de Educação do Senado nesta 4ª feira (11.maio). O colegiado investiga as denúncias relacionadas à atuação de pastores no Ministério da Educação (MEC). O diretor de Ações Educacionais do FNDE, Garigham Amarante Pinto, e o diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do FNDE, Gabriel Vilar, irão participar da reunião marcada para começar às 9h30. A confirmação foi anunciada pelo presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
No mês passado, prefeitos deram depoimentos e apresentaram detalhes sobre as ações dos pastores na pasta. O prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), por exemplo, confirmou que o pastor Arilton Moura pediu 1 kg de ouro em propina para encaminhar a demanda do gestor no Ministério da Educação. Braga contou que chegou em Brasília para uma reunião no MEC, que era voltada para municípios que estavam com obras inacabadas em suas regiões. O grupo se reuniu com técnicos do FNDE para saber se era possível conseguir as verbas.
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O prefeito afirmou que buscava dinheiro para finalizar uma creche em Luís Domingues. Foi então que o pastor Arilton Moura o chamou para um almoço em um restaurante. Milton Ribeiro não estava presente, apenas os dois pastores e cerca de 20 a 30 prefeitos. Braga contou que o pastor pediu que ele falasse sobre suas demandas. "Falou pra mim: você vai me arrumar os R$15 mil para protocolar suas demandas e depois que o recurso já estiver empenhado, você, como sua região é região de mineração, você vai me trazer um quilo de ouro", destacou. O prefeito afirmou que se afastou da mesa, foi almoçar e depois deixou o lugar. Ele não aceitou pagar propina.