Saída de Milton Ribeiro ganha repercussão política
Deputados e senadores utilizaram redes sociais para comentar exoneração no MEC
O pedido de exoneração do ministro da Educação, Milton Ribeiro, oficializado nesta 2ª feira (28.mar), foi alvo de comentários políticos. Por redes sociais, deputados e senadores fizeram declarações sobre a mudança no comando do MEC. A maioria das publicações foram em referência aos escândalos relacionados à pasta: de supostos usos do comando do ministério para atender a pastores a pedidos de propina em ouro.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), que preside a Comissão de Educação no Senado, disse lamentar o desempenho do MEC e reforçou que o evento para ouvir os esclarecimentos de Ribeiro no Congresso continua marcado. "É lamentável que, enquanto a educação brasileira padece, o ministério não esteja em evidência na mídia por projetos de relevância para os nossos estudantes e, sim, por suspeitas de corrupção", escreveu.
É lamentável que, enquanto a educação brasileira padece, o ministério não esteja em evidência na mídia por projetos de relevância para os nossos estudantes e, sim, por suspeitas de corrupção.
? Marcelo Castro (@MarceloCastroPI) March 28, 2022
A Comissão de Educação do Senado vai prosseguir com a apuração das denúncias. (+)
O presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), relembrou a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que colocaria a "cara no fogo" por Ribeiro. O Congressista também disse que a expectativa é de que um novo nome siga o padrão de Ribeiro.
"Nós já entendemos as articulações e o modus operandi no MEC, e sabemos que não virá algo melhor para o comando da pasta. Sem dúvida, a saída é um respiro e um sinal de vitória não só da bancada da educação no Congresso, mas da sociedade civil estarrecida com as denúncias dos últimos dias. No MEC, eles têm podido muito, mas não podem tudo", declarou.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador de oposição ao governo, disse que a saída do ex-ministro é uma "vitória" de estudantes, profissionais da educação e sociedade civil. Também disse que há necessidade de investigação sobre as condutas de corrupção apontadas pelo governo. Já Guilherme Boulos (Psol), lembrou a saída de ministros também da saúde e questionou feitos da pasta da educação durante o governo Boslonaro.
"Já vai tarde", foi uma colocação colocada pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). O congressista também apontou necessidade de investigação do caso. O pedido de apuração doi reforçado, também, pelo deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que ainda disse que "os danos à Educação são irreparáveis".
Milton Ribeiro caiu. Isso não resolve. 1.Ele tem que responder pelos crimes que cometeu; 2.Todos os criminosos envolvidos na "venda" de recursos do devem ser punidos; 3. A influência do presidente Bolsonaro no esquema deve ser investigada; 4. Os danos à Educação são irreparáveis!
? Marcelo Ramos (@marceloramosam) March 28, 2022
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