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Congresso

Confira detalhes do voto em separado do senador Luis Carlos Heinze

Documento sugere que Ministério Público investigue a não aplicação de "tratamentos medicamentosos"

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Heinze pede que seu relatório seja incorporado ao do senador Renan Calheiros para encaminhamento ao Ministério Público Federal (Pedro França/Agência Senado)
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O voto em separado do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, apresentado nesta 3ª feira (26.out), acusa o colegiado de ter agido com parcialidade, negligenciando fatos, informações e dados sobre diferentes assuntos, entre os quais tratamentos medicamentosos que o parlamentar afirma serem eficazes contra a covid-19.

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Segundo o relatório paralelo do senador, que acabou incluído entre os pedidos de indiciamento no parecer de Renan Calheiros (MDB-AL) por divulgar notícias falsas referentes ao coronavírus, mas foi retirado depois, "o aumento da politização e da ciência doentia combinadas com interesses indizíveis são responsáveis por fazer o medo triunfar sobre a esperança de médicos e pacientes de encontrar tratamentos eficazes, seguros e baratos para a fase prodrômica da covid-19".

O documento, de 138 páginas, sugere ainda que o Ministério Público (MP) realize "uma investigação criteriosa dos motivos pelos quais os respectivos governadores e prefeitos deixaram de realizar atendimentos e não permitiram a aplicação de tratamentos medicamentosos para a população". Isso porque, segundo Heinze, a comparação da letalidade da covid em diferentes estados e municípios citados no relatório mostra que ela foi menor nos locais onde se adotou "atenção primária e tratamentos medicamentosos no âmbito ambulatorial".

Nas considerações finais de seu voto, o senador acrescenta que a médica Nise Yamaguchi, defensora do uso de hidroxicloroquina em pacientes com covid e que também está presente na lista de pedidos de indiciamento do parecer de Renan Calheiros, foi impedida de completar frases em diversas ocasiões, em sua oitiva no mês de junho, e teve de ouvir "perguntas capciosas". Heinze sugere ainda que empresas investiram dinheiro para "demonizar" o uso de medicamentos contra a covid e substitui-los para vacina: "Quantos bilhões de dólares as empresas de vacinas gastaram no mundo para cooptar autoridades, já que mais de um trilhão de dólares estão em jogo? No Brasil, várias dezenas de bilhões de dólares foram gastos".

O parlamentar pede que seu relatório seja incorporado ao de Renan para encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria-Geral da República. Outros senadores a apresentarem votos separados nesta 3ª feira foram Marcos Rogério (DEM-RO)e Eduardo Girão (Podemos-CE). O do segundo afirma que não foram encontradas evidências sobre "atos e omissões ilegais praticados por autoridades e servidores da administração pública federal no enfrentamento da pandemia da covid-19".

Cada relatório paralelo pôde ser apresentado durante 15 minutos, prorrogáveis por mais cinco. Eles só seriam analisados se o do relator da CPI fosse arquivado.

Veja o voto separado do senador Luis Carlos Heinze na íntegra:

Voto em separado by Guilherme Delinardi Resck on Scribd

Veja o voto em separado do senador Eduardo Girão na íntegra:

Voto em separado by Guilherme Delinardi Resck on Scribd

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