Senadores querem levar relatório da CPI a Aras na próxima 4ª feira
Procuradoria-Geral da República analisará pedidos de indiciamento contidos no parecer
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia querem levar, na próxima 4ª feira (27.out), à Procuradoria-Geral da República (PGR), o relatório final do colegiado. O documento pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e de outras 65 pessoas, além de duas empresas. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), leu o parecer nesta 4ª feira (20.out) e a votação está prevista para a próxima 3ª (26.out).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
No parecer, Bolsonaro é alvo de nove crimes: epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crimes contra a humanidade - nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos -, e crimes de responsabilidade, como violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.
Além de Bolsonaro, a CPI pede o indiciamento de quatro ministros: Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Braga Netto (Defesa). Foram alvo também da comissão ex-ministros, como Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), e parlamentares bolsonaristas, como Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP).
+ CPI em números: veja detalhes do encerramento dos trabalhos
Os três filhos do presidente também foram indiciados no relatório. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) são acusados de incitação ao crime por divulgação de notícias falsas.
O texto precisa ser aprovado pela maioria dos membros da CPI para ser encaminhado ao Ministério Público, que analisará os pedidos de indiciamento contidos no relatório.