Ricardo Barros entra para o rol de investigados da CPI da Covid
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que há indícios e provas contra o deputado
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) é investigado formal da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. A informação é do relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que disse, antes do início da sessão desta 4ª feira (18.ago), que há provas, indícios e comprovação do envolvimento do parlamentar na negociação de vacinas.
"A CPI tem notícia de outras pessoas que negociaram vacinas com Ricardo Barros e foram mandadas para Roberto Ferreira Dias [ex-diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde]. Então pelo conjunto da obra, indícios, envolvimento e comprovação da participação dele em muitos momentos, Ricardo Barros é mais um investigado formal da CPI".
O deputado é líder do governo na Câmara e foi ouvido pela CPI na semana passada como convidado. O propósito do depoimento era explicar suspeitas de irregularidades no processo de compra da vacina indiana Covaxin. A sessão foi encerrado depois de Barros afirmar que os senadores atrapalharam a compra dos imunizantes.
Já Roberto Dias, o ex-diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde, foi preso durante sessão da CPI da Covid em 7 de julho, após ordem do senador Omar Aziz, sob acusação de mentir à comissão. Foi interrogado por conta de denúncia do policial militar Luiz Paulo Dominghetti de que teria pedido propina de US$ 1 para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Roberto Dias pagou fiança de R$ 1,1 mil e foi liberado no dia 7.
Renan Calheiros ainda falou sobre o futuro da comissão que vai ouvir 12 depoimentos e obter informações de vários requerimentos. O objetivo é entregar o parecer final na segunda quinzena de setembro. "Não sei se vou conseguir, mas vou me dedicar a isso", ressalta o relator.