Pazuello diz que Bolsonaro decidiu por não intervir em crise em Manaus
Ex-ministro da Saúde culpou o governo estadual pelo colapso no Amazonas
Gabriela Vinhal
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou nesta 5ª feira (20.mai) que era favorável à intervenção no estado do Amazonas durante a crise do oxigênio. No entanto, quem decidiu por não atuar no estado foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante reunião ministerial. O general culpou ainda o governo do Amazonas pelo colapso sanitário que ocorreu em janeiro deste ano.
"Essa decisão não era minha. Ela foi levada ao conselho de ministros. O governador se apresentou ao conselho de ministros e se justificou. E foi decidido, nesse conselho, que não haveria", disse. "Foi levado à reunião de ministros com o presidente. E o governador, presente, se explicou, apresentou suas observações. E foi decidido pela não intervenção. Foi dessa forma que aconteceu", completou.
Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que fazia as perguntas, "está claro" que o governo nmão quis fazer intervenção na saúde pública do Amazonas. "Nós identificamos essa fragilidade à época, fizemos o que deveríamos fazer como representantes do povo do Amazonas. Pedimos e assumimos perante a opinião pública e perante a nação a responsabilidade do pedido".
Além do governo estadual, Pazuello também atribuiu à empresa White Martins a responsabilidade pela crise de desabastecimento de oxigênio no estado. "A White Martins já vinha consumindo reserva estratégica e não fez essa posição de forma clara desde o início. Não tem como isentarmos essa posição, primeira responsabilidade. E se a Secretaria de Saúde tivesse acompanhado de perto, teria descoberto que estava sendo consumida a reserva estratégica. Vejo duas responsabilidades muito claras, começa na empresa que consome e não se posiciona de forma clara"
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