Inexperiência de aliados deve dificultar vida do governo em CPI
Planalto será pressionado por senadores de oposição experientes em colegiados de investigação
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O número de novatos governistas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aumenta a imprevisibilidade dos trabalhos para o Palácio do Planalto, e dificulta reação nas investigações. O "G7", que reúne sete membros entre oposição e independentes, soma três vezes mais experiência em CPIs que os quatro senadores aliados do governo. Como titulares ou suplentes, os integrantes do grupo participaram de 45 comissões de investigação -- enquantoos governistas, de apenas 14.
Só o senador Humberto Corta (PT-PE) atuou em mais CPIs que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) somados: 15 vezes. Uma participação a mais que o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cotado para vice-presidente do colegiado e autor do requerimento de instalação. O senador Otto Alencar (PSD-BA) integrou nove comissões, como titular ou suplente. O número equivale ao índice do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI). O líder do Centrão, que foi quatro vezes deputado e está em seu segundo mandato como senador, é o único experiente entre os governistas.
Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC) participaram de duas CPIS -- a das Fake News e a que trata das vítimas e familiares do acidente da Chapecoense. Já o líder do DEM na Casa, Marcos Rogério (RO), só foi suplente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014. O senador era um dos cotados pelo governo para assumir a relatoria da CPI da Covid.
A CPI da Covid será instalada na 3ª feira (27.abr), em regime semipresencial, após ordem do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na ocasião, o colegiado votará os nomes para os principais cargos da comissão e deve definir o plano de trabalho. Em acordo, parlamentares escolheram Renan Calheiros (MDB-AL) como o relator e Omar Aziz (PSD-AM), como presidente. As linhas de investigação e a ordem de convocações ainda serão discutidos na sessão.
Apesar de a CPI ter sido criada para fiscalizar não apenas a conduta do governo no combate à pandemia, mas o repasse de recursos federais a estados e municípios, ainda não ganha força entre o G7 o avanço nas investigações de governadores e prefeitos. Na avaliação de parte deles, é "legítimo" que o tema seja incluído na comissão. No entanto, "a maior responsabilidade" seria do Executivo, no que diz respeito a vacinas, kit intubação, oxigênio e leitos de UTI.
O SBT News mostrou que uma equipe montada na Casa Civil, chefiada por Eduardo Ramos, tem listado todos possíveis questionamentos dos integrates da CPI. A partir do levantamento, tarefas são repassadas para os ministérios, a depender do tema das questões. A estratégia é montar um mosaico de respostas uniformes para integrantes do primeiro escalão no momento das convocações pelos senadores, e padronizar a narrativa de ação do Planalto, sem maiores surpresas.
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Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC) participaram de duas CPIS -- a das Fake News e a que trata das vítimas e familiares do acidente da Chapecoense. Já o líder do DEM na Casa, Marcos Rogério (RO), só foi suplente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014. O senador era um dos cotados pelo governo para assumir a relatoria da CPI da Covid.
A CPI da Covid será instalada na 3ª feira (27.abr), em regime semipresencial, após ordem do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na ocasião, o colegiado votará os nomes para os principais cargos da comissão e deve definir o plano de trabalho. Em acordo, parlamentares escolheram Renan Calheiros (MDB-AL) como o relator e Omar Aziz (PSD-AM), como presidente. As linhas de investigação e a ordem de convocações ainda serão discutidos na sessão.
Apesar de a CPI ter sido criada para fiscalizar não apenas a conduta do governo no combate à pandemia, mas o repasse de recursos federais a estados e municípios, ainda não ganha força entre o G7 o avanço nas investigações de governadores e prefeitos. Na avaliação de parte deles, é "legítimo" que o tema seja incluído na comissão. No entanto, "a maior responsabilidade" seria do Executivo, no que diz respeito a vacinas, kit intubação, oxigênio e leitos de UTI.
O SBT News mostrou que uma equipe montada na Casa Civil, chefiada por Eduardo Ramos, tem listado todos possíveis questionamentos dos integrates da CPI. A partir do levantamento, tarefas são repassadas para os ministérios, a depender do tema das questões. A estratégia é montar um mosaico de respostas uniformes para integrantes do primeiro escalão no momento das convocações pelos senadores, e padronizar a narrativa de ação do Planalto, sem maiores surpresas.
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