Covid: laboratórios preveem para setembro vacinas com IFA nacional
Atualmente, a Coronavac e a Astrazeneca, ambas produzidas no Brasil, usam insumo importado
Representantes dos laboratórios que produzem e distribuem vacinas contra a covid-19 no Brasil afirmaram nesta 5ª feira (8.abr) que o país deverá produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional em setembro deste ano. Atualmente, os imunizantes Coronavac, produzido pelo Instituto Butantan, e a AstraZeneca, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utlizam insumos importados da China.
"Então, nós já estamos com as áreas adequadas, temos os profissionais. Estaremos assinando o contrato até o final deste mês, e as entregas se darão a partir do mês de setembro, de vacinas com o IFA nacional", disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, em audiência pública da Comissão Temporária Covid-19 no Senado.
Segundo ela, o contrato para transferência de tecnologia para a produção do IFA, em parceria com a universidade de Oxford, deve ser assinada nas próximas semanas e prevê que, até julho, 100,4 milhões de doses serão produzidas a partir de insumos importados. Já com o IFA nacional, a previsão é a produção de 110 milhões de doses no segundo semestre.
Senadores temem que, com a falta de insumos, a produção de vacinas atrase e o governo não consiga cumprir o Plano Nacional de Imunização. Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Butantan e do governo federal, que participaram da audiência, admitiram que há uma "grande demanda" mundial pelos imunizantes, mas o que trava a produção em larga escala é a aquisição de insumos.