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Chega a 20 o número de adolescentes mortos a tiro na região metropolitana do Rio

Garoto de 15 anos morreu após ser baleado em tiroteio entre traficantes nesta 5ª feira

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adolescente que morreu baleado segurando livro
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]Chegou a 20 o número de adolescentes que morreram baleados na região metropolitana do Rio de Janeiro este ano. Nesta 5ª feira (21.set), um menino de 15 anos foi morto em meio à guerra entre traficantes rivais. Foi o segundo caso em menos de uma semana.

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O estudante foi morto em meio à disputa pelos pontos de venda de drogas em comunidades da zona norte do Rio. Parentes dizem que Kaio Souza dos Santo foi confundido com um traficante de uma facção rival.

"Meu filho vivia naquela mata caçando passarinho com o irmão dele, fazendo as coisas que ele cria porco também. Aí a facção rival que é lá da Serrinha invadiu o Morro do Juramento. Tomou um tiro na cabeça, um na perna, outro no braço. Torturaram ele", diz o pai de Kaio, Leonardo Reis.

Leonardo conta que precisou da ajuda de vizinhos para resgatar o corpo do filho: "quando fui subir lá, deram tiro pra cima da gente. Nós, moradores de lá, tivemos que esperar tudo melhorar lá pra poder subir a comunidade, pra resgatar o corpo do meu filho, descer com o corpo do meu filho, que eles não estavam querem deixar descer não".

O corpo de Kaio será enterrado na tarde deste sábado (23.set). De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, 38 adolescentes foram baleados na região metropolitana do Rio de Janeiro só este ano. 20 morreram.

Entre as vítimas, está Wesley Barbosa de Carvalho, de 17 anos, atingido com três tiros no último domingo, em Brás de Pina, também na zona norte da cidade. Segundo as investigações, o ataque partiu do chefe do tráfico na região.

Além da guerra entre bandidos, as operações violentas de policiais colocam em risco quem vive nas favelas. É o que afirma João Luiz Silva, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio.

"Esse é o fator principal pro aumento de morte dessas pessoas e fundamentalmente crianças. Então, a gente tem dentro da estrutura do estado uma política de segurança pautada no enfrentamento, o que não preserva vidas e só mata", diz João.

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