Seis pessoas são presas em operação contra lavagem de dinheiro do PCC
Segundo as investigações, esquema movimentou R$ 2 bilhões em um ano

Luciano Teixeira
Seis pessoas foram presas em uma operação da polícia de São Paulo contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas da maior facção criminosa do país, o PCC. Foram apreendidas cinco carros, joias, relógios de luxo, e R$ 150 mil em dinheiro.
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Os alvos eram empresas de fachada, incluindo bares e restaurantes de luxo. Segundo as investigações, foram movimentados R$ 2 bilhões em um ano.
96 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos em cinco estados (SP, PR, CE, BA e ES). Em São Paulo, a operação aconteceu em endereços de Guarulhos, na região metropolitana, e outras 17 cidades do interior do estado.
"Não temos só pessoas envolvidas com a lavagem, mas sim envolvidos na facção criminosa e com o tráfico de drogas", afirma a delegada Áurea Albanez.
O esquema, desenvolvido por uma célula ligada a facção primeiro comando da capital, o PCC, usava principalmente restaurantes, como um de culinária japonesa, um gastrobar com terraço e escritórios comerciais, todos localizados em uma região cara de Guarulhos.
Entre os presos está o gerente de um dos restaurantes e um contador, que fazia a contabilidade de pelo menos 24 restaurantes suspeitos de envolvimento nas fraudes.
Os criminosos mantinham um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro. Só esta célula teria movimentado R$ 2 bilhões em apenas um ano. O cabeça do esquema é um traficante, que está foragido. Segundo a polícia, ele é ligado a uma facção criminosa e se apresentava como empresário disposto a investir nos estabelecimentos.
"Ele, na verdade, se apresentava como uma pessoa de recursos, e com essa venda de drogas ele apresentava um montante e entrava como sócio oculto, e ali ele acabava lavando os valores obtidos com a venda de drogas e armas", afirma a delegada.
A polícia, agora, vai investigar se os donos bares e restaurantes sabiam que os valores investidos eram oriundos do tráfico de drogas.