Rússia acusa ucranianos de tentativas de sabotagem às eleições em áreas ocupadas
Votação para governadores e conselhos municipais aconteceu neste domingo (10.set). Funcionários russos teriam sido executados
A Rússia acusa grupos para-militares ucranianos de tentativas de sabotagem às eleições, realizadas neste domingo (10.set), em territórios ocupados no país vizinho. A votação para eleger governadores, conselhos municipais e legislaturas regionais, acontece nas províncias ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, e na Península da Crimeia - anexada por Moscou, em 2014. Moradores de outras 79 regiões russas também foram às urnas.
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Autoridades eleitorais russas alegam que forças de Kiev teriam executado funcionários pró-Kremlin e explodido pontes e acessos da região, além de fornecer informações ao exército da Ucrânia. Ainda segundo os russos, uma seção eleitoral em Zaporizhzhia teria sofrido um ataque a drone, pouco antes de sua abertura; ninguém ficou ferido.
Em coletiva de imprensa, a chefe da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Ella Pamfilova, classificou o episódio como "um ato terrorista", e acusou o Ocidente de fornecer o armamento usado do atentado.
Já em Kherson, equipes russas teriam localizado uma granada, plantada nos arredores de uma seção eleitoral. A votação precisou ser interrompida, enquanto o artefato era desarmado.
Em comunicado, divulgado neste domingo, o chefe interino dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia, em Donetsk, afirmou, sem dar detalhe, que funcionários das seções eleitorais da região teriam sido "feridos e feridos".
O lado ucraniano
As eleições russas em províncias ocupadas na Ucrânia foram denunciadas por Kiev e governos ocidentais como "uma farsa" e uma "violação do direito internacional".
Moradores das regiões anexadas relatam terem sido coagidos por funcionários e soldados russos a participarem do pleito. Ucranianos que se recusaram a votar estariam sendo detidos, em suas próprias casas, e forçados a escrever uma "declarações explicativas" que poderiam ser usadas como provas criminais contra eles.
*Com informações da Associated Press