Dona de adega acusa PMs de abuso e agressão durante suposta fiscalização
Mulher foi algemada à força e PMs entraram em imóvel residencial sem mandado de busca. Agentes ainda levaram bebidas caras
Primeiro Impacto
A reportagem do SBT obteve com exclusividade imagens de uma ação da Polícia Militar do Paraná que revela agressões e supostos abusos e irregularidades na operação em uma adega na capital Curitiba. A proprietária do local foi algemada, os PMs entraram no local sem mandado e ainda levaram produtos mais caros do local. O caso foi denunciado.
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Os agentes alegaram "fiscalização de contrabando", mas não apresentaram nenhum documento. Câmeras de monitoramento flagraram os PMs, guardas municipais e agentes da prefeitura entrando na adega. No local estavam a dona e o companheiro dela, e a mulher pediu para acompanhar o trabalho dos fiscais com o celular.
Segundos depois, a mulher foi agarrada pelo cabelo e empurrada à força por um policial agressor. A empresária tentou argumentar, em vão, até que outras duas PMs tentam algemá-la. A vítima resistiu até que o mesmo policial que a agrediu pelos cabelos dá suporte às colegas.
Os PMs levaram várias garrafas de bebidas, além de outros produtos que estavam no balcão e nas prateleiras. Um funcionário, de braços cruzados, observava a cena e lamentava o ocorrido.
Do lado de foram outra câmera gravou a comerciante protestando por ter sido algemada à força, mas não há áudio para acompanhar o que as PMs dizem à mulher. Momentos depois, os policiais deixam a adega.
A família acusa os militares de invadirem a casa deles, que fica em cima do comércio. Imagens mostram os agentes subindo as escadas sem mandado de busca. A gravação terminou sem mostrar por quanto tempo os policiais ficaram no interior do imóvel.
O comando de policiamento, responsável pela ação de fiscalização, tomou conhecimento do caso e instaurou um procedimento administrativo para esclarecer os fatos.
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