Financeira é acusada de dar calote de pelo menos R$ 3 milhões
As vítimas, no Rio de Janeiro e Maceió, tentam há mais de um ano recuperar o dinheiro investido
Mateus Koelzer
A chance de reforçar a renda virou dor de cabeça para a aposentada, Sueli Almeida. "Perdi meu dinheiro, hoje eu estou doente, tratamento com psicólogo e emocional muito abatido", disse. Ela perdeu R$ 10 mil para a R3 Investimentos, que prometia um lucro acima do oferecido pelos bancos, mas os pagamentos foram suspensos depois de um ano, sem explicação.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A financeira tinha endereços no Rio e em Maceió, contratos registrados em cartório e material de divulgação caprichado davam credibilidade aos negócios. Os donos, exibiam uma imagem de sucesso, com viagens pelo mundo e casamento realizado em lugar badalado na região serrana do Rio.
Thiago Rocha era responsável por captar clientes, foi demitido quando a R3 fechou, em abril do ano passado, sem receber três meses de salário. "A gente trabalhava com funcionários aposentados, pensionistas, funcionários federais ativos e amigos e familiares", disse.
A empresa não tem registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, por isso, não poderia atuar na área de investimentos. Segundo ex-funcionários, pelo menos 75 pessoas foram vítimas do golpe em todo o país. Juntas, perderam cerca de R$ 3 milhões.
O especialista em finanças e investimentos, Marlon Gancho, disse que para não cair nos golpes é fundamental fazer uma pesquisa pelos órgãos competentes de fiscalização, como Banco Central e CVM.