Mulher morre durante procedimento estético em bairro nobre no RJ
Clínica não tinha autorização para fazer cirurgias invasivas
Liane Borges
A polícia investiga a morte de uma mulher durante um procedimento estético, na noite da última 5ª feira (15.jun), em um bairro nobre do Rio de Janeiro. A clínica não tinha autorização para fazer cirurgias invasivas.
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Ingrid Ramos, de 41 anos, teria morrido devido a uma reação à anestesia. Segundo a família, ela foi à clínica para corrigir uma cicatriz decorrente de uma abdominoplastia, que é a retirada de pele e gordura da região da barriga. A médica Eliana Jiménez foi a responsável tanto pelo primeiro como pelo segundo procedimento.
"A médica falou que não precisava fazer no hospital porque dava para fazer na clínica, porque disse que não era invasivo. Ela começou a convulsionar no momento em que teve a anestesia, e ela não resistiu", conta a cunhada da vítima, Juliana Guedes.
O laudo com ma causa da morte de Ingrid deve ficar pronto em até 30 dias. A perícia quer constatar que tipo de anestesia ela recebeu e em que quantidade, e se houve erro médico. A profissional responsável já foi ouvida na delegacia.
"É uma sala comercial, um consultório, e ali naquele local não poderia ser feito nenhuma cirurgia invasiva. A médica afirmou que deu apenas uma anestesia local e que logo em seguida essa paciente teria convulsionado e vindo a óbito. A gente tem que tentar entender essa situação pra ver se realmente isso é verdadeiro ou se ela aplicou uma anestesia não apenas local, uma anestesia geral, pra fazer uma cirurgia", explica o delegado responsável, Ângelo Lages.
A perícia constatou que havia material de lipoaspiração e próteses mamárias não permitidos para o local, além de medicamentos e tubos para coleta de sangue com prazo de validade vencido.
Eliana Jiménez é cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro abriu sindicância para apurar o caso. O SBT procurou a defesa da médica, mas não obteve resposta.
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