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Covid deixa de ser emergência global de saúde, diz OMS

Decisão foi publicada no relatório do comitê de emergência da organização

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Após três anos, a Organização Mundial da Saúde decidiu que a Covid não é mais emergência global de saúde. O relatório do comitê de emergência diz que "agora é um problema de saúde estabelecido e contínuo que não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional". O anúncio foi feito nesta 6ª feira (5.mai) pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

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Na prática, a covid-19 segue com o título de pandemia, mas agora, sem a emergência exigida para conter o avanço.

Adhanom afirmou que há mais de um ano a pandemia tem tido uma tendência negativa devido ao aumento da imunização mundial, por meio da vacinação e infecção, decréscimo de mortalidade e a pressão sobre os sistemas de saúde estando suavizado, o que permitiu que a vida na maioria dos países voltasse ao normal.

Por isso, o comitê de emergência passou a analisar esses dados em 2022 e considerar baixar o nível de alerta, o que ocorreu nesta sexta.

"O Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez (nesta 5ª feira (4.mai) e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, no Twitter.

Motivo de despreocupação?

No entanto, alertou Adhanom, que a covid ainda é uma ameaça sanitária global. "Na última semana, a doença ceifou uma vida a cada três minutos - pelo menos são as mortes que fomos notificados", disse. "Enquanto conversamos, milhares de pessoas no mundo estão lutando pela vida em Unidades de Tratamentos Intensivos e muitos outros milhões vivem com sequelas causadas pela Covid", alertou Tedros.

Quase sete milhões de mortes no mundo foram registradas pela OMS. No entanto, Adhanom afirmou que a marca é "muitas vezes maior", devido às subnotificações: pelas estimativas, são pelo menos 20 milhões de mortes.

No Brasil, de acordo com o último levantamento, do dia 29 de abril, feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país registrou 701.833 mortes e o número de casos chega a 37.487.971.

Reforço nas recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde

  • Os países devem ter "capacidade nacional e preparar-se para eventos futuros para evitar a ocorrência de um ciclo de pânico e descaso, Além disso, melhorar a prontidão do país para futuros surtos e restaurar os programas de saúde prejudicados pela pandemia.
  • Integrar a vacinação contra a covid nos programas de vacinação e manter os esforços para aumentar a cobertura vacinal para todos os grupos que podem ser imunizados.
  • Manter os relatórios de dados sobre os casos de covid e das mortes em decorrência da doença. Os países também deverão informar à Organização Mundial da Saúde sobre novas variantes do coronavírus.
  • Continuar o trabalho de informar a população sobre a doença: como é transmitida, quais os sintomas, testagem e tratamento.
  • Apoiar a pesquisa para melhorar as vacinas que reduzem a transmissão e têm ampla aplicabilidade; compreender toda a dimensão, incidência e impacto da condição pós-covid e a evolução do coronavírus em populações imunocomprometidas; e desenvolver caminhos de cuidados integrados relevantes.

O diretor-geral também relatou que o vírus veio veio para ficar, e o mundo ainda pode sofrer com surgimento de novas variantes, portanto, alerta Adhanom, que "a pior coisa que qualquer país poderia fazer agora seria usar essa notícia para abaixar a guarda, desmantelar os sistemas de saúde que construiu nesse período ou avisar às pessoas que a covid não é mais preocupante", concluiu.

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