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Jornalismo

Guerra na Ucrânia leva Europa a aumentar importações de armas em 47%

Participação da Otan no conflito também resultou no crescimento das demandas

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Governo ucraniano está como o terceiro maior importador de armas no último ano, atrás apenas do Qatar e da Índia | Governo da Ucrânia
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Com a invasão russa na Ucrânia, os países europeus aumentaram a importação de armas em 47% entre 2018 e 2022. Os dados, divulgados nesta 2ª feira (13.mar) pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, apontam o governo ucraniano como o terceiro maior importador de armas no último ano, atrás apenas do Qatar e da Índia. 

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Sozinha, a Ucrânia foi responsável por 2% das importações globais de armas entre 2018 e 2022, com maior demanda no último ano devido à guerra. O alto fornecimento de pacotes militares à Kiev, bem como o reforço das defesas, fez com que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentassem as importações em 65%. 

"Devido a preocupações de que o fornecimento de aviões de combate e mísseis de longo alcance poderia escalar ainda mais a guerra na Ucrânia, a Otan recusou os pedidos da Ucrânia em 2022. Ao mesmo tempo, forneceram essas armas a outros Estados envolvidos em conflitos, particularmente no Oriente Médio e no Sul da Ásia", disse Pieter Wezeman, pesquisador sênior do Instituto.

As exportações de armas, por sua vez, continuam dominadas pelos Estados Unidos e pela Rússia. Com a guerra, no entanto, os envios norte-americanos aumentaram 14% entre 2018 e 2022, enquanto os russos caíram 31%. O cenário forneceu espaço às exportações francesas, que registraram crescimento de 11% na participação global.

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"A França está ganhando uma parcela maior do mercado global de armas à medida que as exportações de armas russas diminuem, como visto na Índia, por exemplo. Parece provável que isso continue, já que até o final de 2022, a França tinha muito mais pedidos pendentes para exportações de armas do que a Rússia", analisa Wezeman.

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