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Além de agressões físicas, mulheres são vítimas de violência financeira

Em 5 anos, casos de violência física e psicológica contra mulheres aumentaram 22% no Brasil

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mulher com contas
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Em cinco anos, os casos de violência física e psicológica contra mulheres aumentaram 22% no Brasil. Além das agressões físicas e psicológicas, muitas vítimas sofrem, sem se dar conta, de violência financeira.

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A agressão física é o tipo mais evidente de violência doméstica, mas ela não se resume a isso. Há também a psicológica. Contudo, pode parecer estranho, mas dinheiro e educação financeira são algumas das armas para as vítimas que enfrentam situações de violência doméstica e que, sem dinheiro para se manter e manter os filhos no padrão de vida que estavam acostumados, muitas mulheres permanecem em relacionamentos abusivos com consequências devastadoras.

Claudia Martinez, fundadora de uma plataforma financeira exclusiva para mulheres, que inclui cursos, aposta na educação como uma porta de saída em casos de violência. "Quando ela começa a se empoderar e ter o conhecimento da sua capacidade em fazer a gestão, em ganhar dinheiro, em administrar bem o dinheiro, a entender melhor como funcionam as coisas ela, sem dúvida, consegue reagir a situações de violência", diz Claudia.

Contudo, é preciso ir além e perceber que em alguns casos a dependência é uma das faces da violência financeira. A promotora de Justiça Eliana Passarelli conta que muitas mulheres não se dão conta de que são vítimas: "quando ele te deixa passar fome, quando ele não te deixa dinheiro pra condução, quando você recebe o salário e ele pega pra si e não deixa você ter acesso a seu próprio dinheiro e gaste como você bem entender. Aí você está diante de uma situação de violência financeira".

As penas variam de acordo com o crime específico cometido pelo agressor, por exemplo, sequestrar o salário da mulher é apropriação indébita, com pena de 1 a 5 anos de prisão. Informação pode ser o primeiro passo para dizer "chega".

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