Pacientes com covid longa podem ter menos desempenho no trabalho
Estudos internacionais apontam dificuldade de concentração e fadiga como principais desafios
Camila Stucaluc
Estudos internacionais apontam que a covid longa pode impactar no desempenho do trabalho dos pacientes. Sintomas como fadiga, dificuldade de concentração e perda de memória estão entre as principais queixas dos infectados, que não se recuperaram totalmente da doença entre seis e 18 meses.
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Um estudo escocês, por exemplo, mostrou que um a cada 20 pacientes ainda registra sequelas duradouras da covid-19, sobretudo aqueles que precisaram ser hospitalizados durante a infecção aguda. A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, aponta falta de ar, palpitações e acuidade mental reduzida como principais sintomas.
O mesmo foi verificado por uma pesquisa da empresa bélgica Health Care Knowledge Center, que relatou que 60% dos entrevistados que apresentaram sintomas de covid longa, e estavam em um emprego remunerado antes da doença, não estavam aptos para voltar ao trabalho. Além disso, 26% estavam trabalhando em período reduzido.
Neste caso, os sintomas mais registrados foram fadiga, disfunção cognitiva, como dificuldade de concentração e perda de memória, e alterações no paladar e no olfato.
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Ao mesmo tempo, uma pesquisa publicada no The Lancet Infectious Diseases sugere que as chances de desenvolver a covid longa foram reduzidas quase pela metade em pessoas vacinadas. Dados publicados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido também reforçam que, com a aplicação de duas doses, o risco de covid longa fica inferior a 41%.