Suspensão de voos de paraquedismo afetam economia em Boituva
Queda no movimento de hotéis e restaurantes já chega a 30%
Basílio Magno
A economia de Boituva, no interior de São Paulo, sofre com a suspensão de voos de paraquedismo. Hotéis e restaurantes já registram queda de até 30% no movimento.
A cena é de mesas vazias e movimento abaixo do normal. Um restaurante italiano da cidade que geralmente tinha fila de espera nos fins de semana viu a clientela diminuir de um dia para o outro. "A gente percebeu uma queda de faturamento médio de 25%", diz Marcelo Celentano, empresário.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Nos hotéis, a lista de reservas canceladas aumenta a cada dia. O empresário Rafael Gianotti, que investiu na ampliação do hotel, construindo um novo prédio, está preocupado. "É uma atividade que vem puxando a fila da divulgação e do enriquecimento de nossa cidade ha 50 anos. A gente fica sempre em dúvida quanto tempo isso vai demorar para passar e se vai passar", explica.
Boituva é conhecida como a capital nacional do paraquedismo e um dos destinos mais populares do turismo de aventura. São cerca de 15 mil saltos por dia. Só neste ano a cidade registrou quatro acidentes com mortes. O último foi na semana passada quando um aluno de uma escola de paraquedismo caiu sobre uma casa que fica em um bairro próximo de onde decolam os aviões.
Após o acidente, a Justiça proibiu por meio de uma liminar lançamentos e voos sobre as áreas urbanas da cidade. Com isso, o centro nacional de paraquedismo decidiu suspender de forma geral as atividades. " Ficou inviável as operações. Uma restrição do espaço aéreo do jeito que foi pedido, acaba afetando a segurança da nossa operação aqui com os paraquedistas", diz o presidente do Centro Nacional de Paraquedismo.