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UE quer cortar consumo de gás em 15% e teme dificuldade no inverno

A Rússia reduziu as entregas de gás ao bloco, que depende do combustível fóssil para abastecer fábricas, gerar eletricidade e aquecer residências

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Aquecedor em casa na Europa
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A União Europeia (UE) tenta se preparar para um possível corte total do fornecimento de gás da Rússia. Nesta 4ªfeira (20.jul), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen propôs aos países-membros que reduzam o uso de gás em 15% nos próximos meses.

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"A Rússia está nos chantageando. A Rússia está usando a energia como arma. E, portanto, em qualquer caso, seja um grande corte parcial do gás russo ou um corte total do gás russo, a Europa precisa estar pronta", disse von der Leyen.

Embora os cortes iniciais sejam voluntários, a Comissão também pediu o poder de impor reduções obrigatórias em todo o bloco no caso de uma emergência em toda a UE. Essa medida e outras devem ser discutidas em uma reunião de emergência dos ministros da energia na próxima 3ªfeira (27.jul). Para serem aprovados, os países-membros teriam que considerar ceder parte de seus poderes sobre a política energética a Bruxelas.

"Temos que ser proativos. Temos que nos preparar para uma possível interrupção total do gás russo. E este é um cenário provável. Isso é o que vimos no passado", afirmou a presidente, acrescentando que a Gazprom, controlada pelo Kremlin, mostrou pouco interesse nas forças do mercado e, em vez disso, jogou um jogo político para sufocar o bloco.

A gigante estatal russa de gás natural reduziu as entregas de gás através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha em 60% no mês passado, citando problemas técnicos depois que uma turbina que a Siemens enviou ao Canadá para revisão não pôde ser devolvida devido a sanções. Canadá e Alemanha fizeram um acordo para devolver a turbina, mas Putin disse na 3ª feira (19.jul) que a Gazprom ainda não recebeu os documentos necessários.

O líder russo disse que a Gazprom deve fechar outra turbina para reparos no final de julho, e se a que foi enviada para o Canadá não for devolvida até lá, o fluxo de gás diminuirá ainda mais.

Como outra razão para a redução da oferta, ele apontou que a Ucrânia fechou um ramal de um gasoduto de trânsito que transportava gás russo para o Ocidente através de território controlado por separatistas baseados em Moscou.

Mesmo que o oleoduto reinicie em níveis reduzidos, a Europa terá dificuldades para manter as casas aquecidas e a indústria funcionando neste inverno, já que economizar 15% no uso de gás natural entre agosto e março de 2023 não será tão fácil. A Comissão Europeia sinalizou que sua meta proposta exigiria que os países da UE como um todo triplicassem o racionamento alcançado até agora desde que a invasão russa da Ucrânia começou em 24 de fevereiro.

"A economia no nível da UE até agora foi igual a 5%", disse o comissário de energia da UE, Kadri Simson. "Isso claramente não é suficiente."

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