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PMs suspeitos de matar deficiente em favela do Rio são afastados

Vítima levou um tiro nas costas enquanto aguardava na fila de uma barbearia

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jovem assassinado
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Os policiais militares suspeitos de matar um deficiente em uma favela do Rio de Janeiro foram afastados do serviço nas ruas e tiveram as armas recolhidas para perícia. A vítima estava do lado de fora de uma barbearia, esperando para cortar o cabelo, quando foi atingida por um tiro nas costas. 

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Ruan Limão do Nascimento, de 27 anos, morreu após PMs à paisana dispararem dentro da favela Barreira do Vasco, na noite da última 6ª feira (6.mai). Apesar das evidências, o caso é tratado com auto de resistência.  

O motivo do inquérito causa estranheza na Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro: "morte por intervenção de agente do estado", antigamente chamada de auto de resistência. Rodrigo Mondego, advogado da comissão, afirma: "o que acontece é que mais um caso onde há intenção de atacar a memória da vítima pra poder legitimar algo equivocado sobre uma determinada ação da polícia". 

Segundo a Polícia Militar, agentes verificavam a venda ilegal de cobre quando aconteceu um tiroteio. A família de Rua rejeita essa versão. Além de não estarem fardados, os PMs usavam um veículo comum. "Um carro descaracterizado, com quatro pessoas dentro, de fuzil, vai fazer alguma operação em plena sexta-feira à noite? Cara, ali fica cheio, cheio de criança", conta o irmão de Rua, Renan Alves Limão. 

Após atingirem o rapaz, os PMs colocaram a vítima na mala do carro e levaram o rapaz para um hospital, onde morreu logo depois. No enterro, no Dia das Mães (8.mai), dona Bianca lembrou da última conversa com o filho: "Eu tenho que ir no salão mãe porque eu tenho que cortar o cabelo [...] ficar bonito pro teu dia, pro Dia das Mães. 'Aí tu vai me dar o quê?' Eu". 

Ruan tinha retardo mental e leve dificuldade psicomotora. 

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