"Quero que prove que ele era criminoso", questiona avó de jovem morto no Jacarezinho (RJ)
Jonatan Almeida foi baleado com um tiro no peito disparado por um policial
Primeiro Impacto
O enterro do jovem Jonatan Almeida, morto aos 18 anos com um tiro no peito disparado por um Policial Militar no Jacarezinho (RJ) na noite da última 2ª feira (26.abr), foi marcado pela indignação dos familiares. O filho da vítima, de apenas quatro meses, foi à despedida.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A família de Jonatan questiona a ação do policial no morro, ocupado por agentes por meio de um projeto denominado "Cidade Integrada". Um PM do Batalhão de Choque, identificado apenas como "Diego", confessou ter atirado no rapaz, alegando legítima defesa ao supostamente ter visto o baleado vendendo drogas e armado durante um patrulhamento de rotina.
Os parentes negam a versão e que a vítima tenha relação com a criminalidade. "O morro tá ocupado, "coalhado" de polícia. Não tem como. Qual é a pessoa, na sua sã consciência, que vai estar numa comunidade cheia de polícia, de policiais de elite ? porque eles se dizem de elite ? com um simulacro de pistola para confrontar a polícia e vendendo droga?", questionou Carlos Roberto dos Santos, avô de Jonatan. "Quero que prove que meu neto era um criminoso", completou a avó.
O Jacarezinho está com a presença de policiais desde janeiro com o objetivo de promover programas sociais e obras nas comunidades. Os moradores, porém, não veem nenhuma dessas ações, considerando "promessas" e "especulações", sem ter visto "um prego sendo batido", de acordo com Leonardo Pimentel, presidente da Associação de Moradores do Jacarezinho.
VEJA TAMBÉM: