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Jornalismo

CIA alerta que desespero de Putin na Ucrânia representa ameaça nuclear

Perca de território do exército russo no país pode instigar autoridades à planejarem novas táticas

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Segundo Burns, governo dos Estados Unidos está em alerta para evitar uma terceira guerra mundial | Divulgação
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O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), William Burns, alertou que o desespero do presidente russo Vladimir Putin em ganhar a guerra contra a Ucrânia representa uma ameaça nuclear. Em discurso na tarde de 5ª feira (14.abr), o diplomata reforçou que a Rússia possui um vasto estoque de armas nucleares táticas e que a resistência do exército ucraniano pode instigar o líder a utilizá-lo.

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"Em vista do potencial desespero do presidente Putin e da liderança russa, nenhum de nós pode levar na brincadeira a ameaça nuclear do uso potencial de armas nucleares táticas ou armas nucleares de baixa potência", advertiu Burns. "Estamos muito preocupados. E sei que o presidente (Joe) Biden também está em alerta para evitar uma terceira guerra mundial", acrescentou.

Mesmo negando o possível uso das armas durante o conflito militar, o Kremlin informou já ter posto as forças de dissuasão nuclear em alerta máximo. No entanto, investigações realizadas por agentes norte-americanos não apontaram para evidência prática de mobilização que cause maior preocupação.

Segundo Burns, a doutrina militar russa apresenta um princípio chamado "escalar para desescalar", que implicaria em dar um primeiro golpe com uma arma nuclear de baixa potência para voltar a ter a iniciativa na guerra, caso o exército esteja perdendo território. 

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Nesta hipótese, contudo, o diretor afirma que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderia intervir militarmente no território ucraniano, o que, assim como já ressaltado pelo secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, ampliaria o conflito militar para outros países, causando ainda mais destruições na Europa e um possível início de uma terceira guerra mundial.

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