Mortes em Bucha se aproximam de genocídio, diz Boris Johnson
Fala do premiê britânico se refere aos corpos encontrados em regiões antes ocupadas por tropas russas
SBT News
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse, nesta 4ª feira (6.abr), que as mortes de civis na cidade ucraniana de Bucha, atribuídas ao exército russo, "não parecem estar longe do genocídio". Segundo o britânico, as ações de Moscou devem ser penalizadas além da imposição de sanções contra a economia do país.
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"Quando você olha para o que está acontecendo em Bucha, as revelações sobre o que [o presidente russo Vladimir] Putin está fazendo na Ucrânia, não parece longe de um genocídio, na minha opinião", comentou o líder. "Não tenho dúvidas de que a comunidade internacional e o Reino Unido agirão juntos de novo para impor mais sanções e medidas punitivas contra o regime de Putin", acrescentou.
Em geral, o governo britânico evita usar o termo "genocídio", uma vez que se trata de uma classificação a ser determinada, primeiramente, pela Justiça. Segundo definição da Organização das Nações Unidas (ONU), o termo é descrito como "crime cometido com a intenção de destruir, total, ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso".
A fala de Johnson se refere aos 410 corpos encontrados pelas cidades ao redor de Kiev, antes ocupadas pelas tropas russas. Nesta manhã, mais vítimas foram identificadas abandonadas em valas comuns na cidade de Bucha. Com ferimentos na região da nuca e em posição de súplica, os corpos estavam parcialmente queimados.
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Apesar das denúncias, o governo de Moscou continua negando ataques contra civis e diz que as imagens divulgadas pelas autoridades ucranianas servem para descredibilizar a operação militar no país. Em pronunciamento no início da semana, o chefe da Comissão de Investigação da Rússia, Alexander Bastrykin, ordenou uma avaliação judicial das acusações.
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