Vacinação não é exigida por todas universidades no retorno presencial
Ausência de obrigatoriedade da imunização preocupa funcionários das instituições onde não há passaporte vacinal

SBT Brasil
Universidades de todo o país deram início à retomada das aulas presenciais neste mês em meio a polêmicas: a decisão por exigir ou não o comprovante de vacinação contra a covid-19 tem dividido opiniões.
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No Rio Grande do Sul, por exemplo, das seis instituições federais do estado, apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) optou pela não obrigatoriedade da imunização para circular dentro do campus. A reitoria da UFRGS decidiu por não acatar a recomendação do Conselho Universitário nem do Comitê de Enfrentamento à Pandemia para exigir o documento.
A decisão preocupa os funcionários da instituição. "Isso faz com que as pessoas que se vacinaram estejam também expostas a serem contaminadas pela irresponsabilidade, pelo negacionismo de certas pessoas que optaram pela não vacinação", expressou a técnica administrativa da UFRGS, Tamyres Filguera.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, concorda com o medo de contaminação, mesmo entre as pessoas vacinadas, nos ambientes universitários, explicando que a exigência do comprovante é uma forma de proteger, principalmente, o coletivo. "A partir do momento que eu solicito a comprovação vacinal, eu vou estar preocupado não só com a proteção daquele indivíduo, mas da coletividade, inclusive da coletividade universitária".
A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) também retomou as aulas presenciais sem cobrar o passaporte vacinal. Contudo, a imunização é exigida dos alunos que pedirem bolsa de estudo na instituição. "Não há exclusão de professores, exclusão de técnicos, de alunos, de trancamento de matrícula, suspender salário, se não vacinar. Nosso trabalho é de conscientização", disse o reitor da UFMS, Marcelo Augusto Santos Turine.
Já na Universidade de São Paulo, a USP, a decisão foi bem diferente. Todos os 110 mil universitários deverão apresentar o comprovante da vacina na volta às aulas presenciais, que começou nesta 2ª feira (14.mar). "Todos os alunos querem voltar, ninguém aguenta mais EAD, mas tem que ser seguro, tem que ter estrutura para isso", concluiu a universitária que estuda no campus, Virgínia Santos.
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