Internações por covid-19 mais que triplicam em uma semana no RJ

Diante do avanço da variante ômicron do coronavírus e do alto poder de transmissão da cepa, o governo do Rio de Janeiro decidiu suspender as visitas a todos os pacientes internados na rede estadual. Somente acompanhantes de crianças, idosos e deficientes vão poder entrar nas unidades de saúde. O objetivo é reduzir a circulação do vírus nos hospitais.

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Na 3ª feira (11.jan), menos de 200 leitos estavam ocupados e, agora, são mais de 800. Nove de cada dez pacientes internados não completaram o esquema vacinal ou não receberam nenhuma dose do imunizante contra covid.

Nos postos de testagem, 49% dos exames têm resultado positivo para a doença. Nesta 4ª feira (19.jan), uma fila imensa se formou em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. "Eu cheguei 3h30, de madrugada, para ser atendido, que é muita gente", afirma o soldador Jeferson Gomes.

Para a pesquisadora em saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é preciso atenção para evitar um colapso nos hospitais. "Apesar de a gente ter menos casos graves, a gente precisa ter mais estrutura de atendimento. Os próprios hospitais precisam mobilizar leitos de internação, inclusive de CTI, porque mesmo que a gente fale que, proporcionalmente, é menor número de casos , nós ainda temos muitas pessoas não vacinada e, se o volume for gigantesco, teremos, sim, uma ocupação total de leitos", afirma Chrystina Barros.

Segundo os especialistas, a vacinação é uma das principais armas contra a covid. Mas, na capital fluminense, a falta de doses levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a suspender o calendário de imunização de crianças - iniciado na 2ª feira (17.jan). Até sábado (22.jan), está autorizada apenas a repescagem para meninos e meninas de 11 anos.

Já na cidade de São Paulo, a prefeitura divulgou uma nova regra para a vacinação infantil. Agora, podem ser imunizadas crianças a partir de 5 anos com qualquer comorbidade, sem restrição de tipos de doença. Para isso, basta apresentar o comprovante da condição. Também podem ser vacinadas crianças com deficiência, da mesma faixa etária.