Vereadores pressionam para comprar "kit covid", diz frente de prefeitos
Kit leva medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como hidroxicloroquina e vitamina D
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Vereadores de quatro capitais e outras 13 cidades pelo país têm pressionado os governos municipais pela adoção do chamado "kit Covid", que leva medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, segundo um levantamento realizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com base em informações divulgados pela imprensa e fontes oficiais. As pressões ocorrem por meio de Indicação (instrumento legislativo), aprovação de Projetos de Lei (PLs), criação de frente parlamentar, entre outros.
A maioria dos fatos levantados dizem respeito ao período entre março e abril de 2021, mas há registros do ano passado também. As capitais indicadas são Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio Branco (AC) e Recife (PE). Já entre as demais cidades, há algumas populosas, como Ponta Grossa (PR) e Campinas (SP).
Em um dos casos mais recentes, a Câmara Municipal aprovou a criação da Frente Parlamentar sobre os Possíveis Benefícios do Tratamento Precoce no Combate à Pandemia de Coronavírus, proposta pela vereadora Vera Leal (PP). No município, a distribuição do "kit Covid", contendo medicamentos como hidroxicloroquina, vitamina D e zinzo, estava autorizada desde janeiro, mas foi suspensa pela Justiça em março, por "não existirem evidências robustas, baseadas em pesquisas clínicas e reconhecidas pela comunidade científica, da eficácia deles para o tratamento precoce da patologia".
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Outro exemplo de cidade, apontada pelo levantamento, onde ocorreu pressão por parte de vereadores pelo kit foi Ritanópolis (MG), cuja Câmara Municipal enviou um ofício à prefeitura, no início deste mês, sugerindo a adoção de um tratamento precoce em pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que incluiria invermectina, azitromicina, dipirona e paracetamol.
Na semana passada, na ação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, uma das situações citadas onde teria ocorrido improbidade administrativa era a campanha para utilização de "tratamento precoce". Segundo a ação, mesmo o suposto tratamento incluindo medicamentos de ineficácia comprovada contra a Covid-19, Pazuello e ex-secretários da pasta que comandava fizeram pressão nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Manaus para que ele fosse adotado.
A maioria dos fatos levantados dizem respeito ao período entre março e abril de 2021, mas há registros do ano passado também. As capitais indicadas são Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio Branco (AC) e Recife (PE). Já entre as demais cidades, há algumas populosas, como Ponta Grossa (PR) e Campinas (SP).
Em um dos casos mais recentes, a Câmara Municipal aprovou a criação da Frente Parlamentar sobre os Possíveis Benefícios do Tratamento Precoce no Combate à Pandemia de Coronavírus, proposta pela vereadora Vera Leal (PP). No município, a distribuição do "kit Covid", contendo medicamentos como hidroxicloroquina, vitamina D e zinzo, estava autorizada desde janeiro, mas foi suspensa pela Justiça em março, por "não existirem evidências robustas, baseadas em pesquisas clínicas e reconhecidas pela comunidade científica, da eficácia deles para o tratamento precoce da patologia".
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Na semana passada, na ação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, uma das situações citadas onde teria ocorrido improbidade administrativa era a campanha para utilização de "tratamento precoce". Segundo a ação, mesmo o suposto tratamento incluindo medicamentos de ineficácia comprovada contra a Covid-19, Pazuello e ex-secretários da pasta que comandava fizeram pressão nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Manaus para que ele fosse adotado.
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