Jornalismo
Consórcio de vacina anunciado pelo governo tem dois laboratórios chineses
Covax Facility tem contrato de R$ 2,5 bilhões para a compra de 42,5 milhões de doses
Mariana Zylberkan
• Atualizado em
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O consórcio Covax Facility, anunciado pelo governo federal como um dos possíveis fornecedores de vacina contra o coronavírus no país, tem entre seus fornecedores dois laboratórios chineses, Clover BioPharma e outro ligado à Universidade de Hong Kong, de um total de nove farmacêuticas (veja a lista completa no final da publicação).
O Ministério da Saúde assinou contrato de adesão ao consórcio por meio de medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em 24 de setembro para obter 42,5 milhões de doses, o que permitiria a imunização de 10% da população brasileira, ao custo de R$ 2,5 bilhões. Uma parcela de R$ 803,5 milhões foi paga pelo ministério em outubro. O contrato prevê que o governo brasileiro receba vacina de qualquer um dos laboratórios fornecedores assim que seja aprovada.
No contrato, o governo optou pelo menor percentual de cobertura da população: 10%, em uma escala que vai até 50%. De acordo com trecho de relatório divulgado em outubro pelo Grupo de Trabalho para a Coordenação de Esforços da União na Aquisição e na Distribuição de Vacinas contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, a escolha foi "estratégica".
"No que diz respeito à decisão pelo percentual de cobertura de 10% da população brasileira (equivalente a 21.255.900 de pessoas), a escolha foi estratégica e baseada em critérios técnicos, em estudos científicos que apontam grupos de risco principais para desenvolvimento de formas graves da doença: indivíduos com 80 anos ou mais (equivalentes, no Brasil, a 4.441.053 pessoas); pessoas com morbidades (10.766.989); e trabalhadores da saúde (5.034.064), totalizando 20.242.106 brasileiros", diz o documento. A previsão é que cada dose custe US$ 10,55.
O Covax Facility foi citado por Pazuello em pronunciamento feito nesta terça-feira (8 dez.) após se reunir com governadores sobre o Plano Nacional de Imunização, que ainda não tem data definida pelo ministério. Além do consórcio, o ministro citou a vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford como as duas opções do governo para garantir a vacinação da população brasileira.
O Covax Facility é uma iniciativa lançada em 24 de abril pela Organização Mundial de Saúde em parceria com a Aliança Gavi, uma instituição privada que promove imunização contra doenças infecciosas em países de baixa renda. O Brasil é doador da Gavi desde 2016 e estebeleceu compromisso de doar US$ 1 milhão por ano até 2037. De acordo com a OMS, 168 países aderiram ao Covax Facility.
Laboratórios que integram o consórcio Covax Facility:
Clover BioPharma (China);
Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido);
Merck / Themis (EUA e Áustria);
Universidade de Hong Kong (China);
Novavax (EUA);
Universidade de Queensland / CSL (Austrália);
Moderna (EUA);
Inovio (EUA);
CureVac (Alemanha)
O Ministério da Saúde assinou contrato de adesão ao consórcio por meio de medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em 24 de setembro para obter 42,5 milhões de doses, o que permitiria a imunização de 10% da população brasileira, ao custo de R$ 2,5 bilhões. Uma parcela de R$ 803,5 milhões foi paga pelo ministério em outubro. O contrato prevê que o governo brasileiro receba vacina de qualquer um dos laboratórios fornecedores assim que seja aprovada.
No contrato, o governo optou pelo menor percentual de cobertura da população: 10%, em uma escala que vai até 50%. De acordo com trecho de relatório divulgado em outubro pelo Grupo de Trabalho para a Coordenação de Esforços da União na Aquisição e na Distribuição de Vacinas contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, a escolha foi "estratégica".
"No que diz respeito à decisão pelo percentual de cobertura de 10% da população brasileira (equivalente a 21.255.900 de pessoas), a escolha foi estratégica e baseada em critérios técnicos, em estudos científicos que apontam grupos de risco principais para desenvolvimento de formas graves da doença: indivíduos com 80 anos ou mais (equivalentes, no Brasil, a 4.441.053 pessoas); pessoas com morbidades (10.766.989); e trabalhadores da saúde (5.034.064), totalizando 20.242.106 brasileiros", diz o documento. A previsão é que cada dose custe US$ 10,55.
O Covax Facility foi citado por Pazuello em pronunciamento feito nesta terça-feira (8 dez.) após se reunir com governadores sobre o Plano Nacional de Imunização, que ainda não tem data definida pelo ministério. Além do consórcio, o ministro citou a vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford como as duas opções do governo para garantir a vacinação da população brasileira.
O Covax Facility é uma iniciativa lançada em 24 de abril pela Organização Mundial de Saúde em parceria com a Aliança Gavi, uma instituição privada que promove imunização contra doenças infecciosas em países de baixa renda. O Brasil é doador da Gavi desde 2016 e estebeleceu compromisso de doar US$ 1 milhão por ano até 2037. De acordo com a OMS, 168 países aderiram ao Covax Facility.
Laboratórios que integram o consórcio Covax Facility:
Clover BioPharma (China);
Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido);
Merck / Themis (EUA e Áustria);
Universidade de Hong Kong (China);
Novavax (EUA);
Universidade de Queensland / CSL (Austrália);
Moderna (EUA);
Inovio (EUA);
CureVac (Alemanha)
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