Covid-19: mais de 70% da população de Manaus foi contaminada, diz pesquisa
Professora da USP afirmou que a cidade de São Paulo poderia mais que dobrar o número de mortes se atingisse níveis semelhantes de infecção
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Uma pesquisa publicada na revista científica Science revelou que Manaus teve 76% de sua população contaminada pelo novo coronavírus. Já em São Paulo, cidade mais populosa do Brasil e que contabiliza o maior número de casos e mortes por Covid-19, 29% das pessoas contraíram a doença.
A equipe de especialistas contou com profissionais da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, da Fundação Pró-Sangue, do Hemocentro de São Paulo e da Universidade de Oxford.
Eles usaram cerca de mil "amostras de conveniência de doações de sangue" realizadas entre fevereiro e outubro deste ano na Fundação Pró-Sangue, na capital paulista, e na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, em Manaus. Analisando o material, puderam verificar se havia a presença de anticorpos no organismo das pessoas.
Ester Sabino, professora de imunologia da USP, disse que, atualmente, "as taxas de infecção são altas na América Latina, com taxas de infecção particularmente altas em Manaus, que é um alerta para outras cidades". Segundo ela, São Paulo poderia mais que dobrar o número de mortes se atingisse níveis semelhantes de infecção.
A investigação feita pela universidade britânica Imperial College London apontou que, no mês de junho, 44% dos habitantes da capital do estado do Amazonas apresentaram anticorpos detectáveis. Em quatro meses, houve a infecção de mais 32% da população, o que levou ao resultado de 76% em outubro.
Os cientistas disseram que as condições socioeconômicas, falta de saneamento básico, aglomeração domiciliar e a dependência de viagens superlotadas em barcos resultaram em um contágio acelerado na cidade.
O estado do Amazonas tem mais de 180 mil casos da doença e quase 5 mil óbitos confirmados desde o início da pandemia no Brasil. O número de novas infecções cresce há quatro semanas consecutivas, de acordo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde.
A equipe de especialistas contou com profissionais da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, da Fundação Pró-Sangue, do Hemocentro de São Paulo e da Universidade de Oxford.
Eles usaram cerca de mil "amostras de conveniência de doações de sangue" realizadas entre fevereiro e outubro deste ano na Fundação Pró-Sangue, na capital paulista, e na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, em Manaus. Analisando o material, puderam verificar se havia a presença de anticorpos no organismo das pessoas.
Ester Sabino, professora de imunologia da USP, disse que, atualmente, "as taxas de infecção são altas na América Latina, com taxas de infecção particularmente altas em Manaus, que é um alerta para outras cidades". Segundo ela, São Paulo poderia mais que dobrar o número de mortes se atingisse níveis semelhantes de infecção.
A investigação feita pela universidade britânica Imperial College London apontou que, no mês de junho, 44% dos habitantes da capital do estado do Amazonas apresentaram anticorpos detectáveis. Em quatro meses, houve a infecção de mais 32% da população, o que levou ao resultado de 76% em outubro.
Os cientistas disseram que as condições socioeconômicas, falta de saneamento básico, aglomeração domiciliar e a dependência de viagens superlotadas em barcos resultaram em um contágio acelerado na cidade.
O estado do Amazonas tem mais de 180 mil casos da doença e quase 5 mil óbitos confirmados desde o início da pandemia no Brasil. O número de novas infecções cresce há quatro semanas consecutivas, de acordo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde.
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