Anticorpos do coronavírus reduzem com o tempo, diz estudo
Pesquisadores da Imperial College de Londres confirmaram a redução da presença de anticorpos para a doença
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A presença de anticorpos para o novo coronavírus na população inglesa é menor do que há três meses, confirmaram os pesquisadores da Imperial College de Londres, nesta 3ª-feira. Não foi uma surpresa completa, já que o nível de anticorpos gerados depois de uma infecção costuma diminuir com o tempo. A pesquisa deu uma idéia de como isso acontece com o novo coronavírus.
Foi um dos maiores estudos feitos até agora no planeta sobre o tema. Desde junho, 365 mil ingleses fizeram um teste, que mistura uma gota de sangue a um reagente. No período de três meses até setembro, a proporção de pessoas com anticorpos detectados caiu de 6% para 4,4%, o que representa uma queda de 26,5% no período.
"A mensagem importante é que se você teve Covid, nós não temos como dizer que você não vai se infectar de novo. Então, é preciso continuar se protegendo, principalmente com a higiene das mãos, o distanciamento e o uso de máscaras", disse a professora Christina Atchison, uma das co-autoras do estudo, em entrevista ao SBT News.
O declínio foi observado em todas as faixas etárias, mas foi pior na população que tem mais de 75 anos. A única exceção foram os trabalhadores do setor de saúde, o que poderia indicar, segundo os autores da pesquisa, os efeitos da contínua exposição ao vírus.
Ainda há muitas perguntas sem resposta. Não está claro, por exemplo, qual o impacto da redução do nível de anticorpos nas chamadas células-T, que são parte do sistema de defesa e atuam matando as células infectadas.
A esperança dos pesquisadores é que as vacinas que estão em desenvolvimento induzam a produção de anticorpos de forma mais duradoura e em níveis suficientes pra bloquear a Covid-19. "Nosso estudo sugere que a imunidade natural ao Covid tem vida curta. Isso não significa necessariamente que a imunidade vinda da vacinação terá vida curta. Uma boa vacina deve ser melhor que imunidade natural", diz Atchison.
A pesquisadora alerta, no entanto, que, assim como outros imunizantes, o da Covid-19 pode exigir doses de reforço. "Anuais?", pergunto. "Possivelmente. Vai depender de quão boa é a vacina e de quanto tempo dura a proteção que ela vai dar".
O estudo da Imperial College também é mais um indício contra a tese da imunidade de rebanho, segundo a qual, a maior parte das pessoas teria que se contaminar com o vírus pra que surgisse uma defesa natural. Christina Atchison lembra que "o máximo que tivemos foi 6% de prevalência de anticorpos em junho. É muito baixo. Isso enfraquece ainda mais a defesa da imunidade de rebanho como política pública sem a vacinação".
Foi um dos maiores estudos feitos até agora no planeta sobre o tema. Desde junho, 365 mil ingleses fizeram um teste, que mistura uma gota de sangue a um reagente. No período de três meses até setembro, a proporção de pessoas com anticorpos detectados caiu de 6% para 4,4%, o que representa uma queda de 26,5% no período.
"A mensagem importante é que se você teve Covid, nós não temos como dizer que você não vai se infectar de novo. Então, é preciso continuar se protegendo, principalmente com a higiene das mãos, o distanciamento e o uso de máscaras", disse a professora Christina Atchison, uma das co-autoras do estudo, em entrevista ao SBT News.
O declínio foi observado em todas as faixas etárias, mas foi pior na população que tem mais de 75 anos. A única exceção foram os trabalhadores do setor de saúde, o que poderia indicar, segundo os autores da pesquisa, os efeitos da contínua exposição ao vírus.
Ainda há muitas perguntas sem resposta. Não está claro, por exemplo, qual o impacto da redução do nível de anticorpos nas chamadas células-T, que são parte do sistema de defesa e atuam matando as células infectadas.
A esperança dos pesquisadores é que as vacinas que estão em desenvolvimento induzam a produção de anticorpos de forma mais duradoura e em níveis suficientes pra bloquear a Covid-19. "Nosso estudo sugere que a imunidade natural ao Covid tem vida curta. Isso não significa necessariamente que a imunidade vinda da vacinação terá vida curta. Uma boa vacina deve ser melhor que imunidade natural", diz Atchison.
A pesquisadora alerta, no entanto, que, assim como outros imunizantes, o da Covid-19 pode exigir doses de reforço. "Anuais?", pergunto. "Possivelmente. Vai depender de quão boa é a vacina e de quanto tempo dura a proteção que ela vai dar".
O estudo da Imperial College também é mais um indício contra a tese da imunidade de rebanho, segundo a qual, a maior parte das pessoas teria que se contaminar com o vírus pra que surgisse uma defesa natural. Christina Atchison lembra que "o máximo que tivemos foi 6% de prevalência de anticorpos em junho. É muito baixo. Isso enfraquece ainda mais a defesa da imunidade de rebanho como política pública sem a vacinação".
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