Covid-19: falta de leitos de UTI e favelas são principais influentes no contágio
Ferramenta realizada pela UFMG e Kunumi mostra principais variáveis que afetam no crescimento dos casos diários de coronavírus em cada país
A falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil é um dos fatores mais influentes na aceleração do crescimento das taxas diárias de Covid-19 a cada 100 mil habitantes. É o que aponta a ferramenta que atesta o impacto de variáveis econômicas na pandemia, realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Kunumi, empresa dedicada ao desenvolvimento da inteligência artificial.
O programa tem como objetivo identificar padrões em cada nação e "possibilitar a previsão e planejamento de ações de combate à expansão do contágio". Atualmente o modelo inclui resultados para 22 países e outros mais devem ser incluídos nas próximas semanas.
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Os gráficos revelam a alta densidade populacional, limitação de acesso a serviços de saúde e falta de saneamento das favelas que, ao lado da impossibilidade de trabalho remoto de seus habitantes, dificultam a adoção de medidas de prevenção, como o distanciamento social e a higienização das mãos, tornando as favelas incubadores da Covid-19.
EUA e Brasil são semelhantes quanto a presença da alta desigualdade de renda como uma das principais influências na velocidade com que a doença atinge a população diariamente.
Confira o gráfico a seguir: