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Demissão de Moro: Incertezas geram fuga de investidores e alta do dólar

Logo após o anúncio da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, a Bolsa de Valores de São Paulo despencou 9,60%, enquanto a moeda americana subiu para R$ 5,66

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Demissão de Moro: Incertezas geram fuga de investidores e alta do dólar
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O pedido de demissão de Sergio Moro provocou um grande impacto negativo no mercado financeiro nesta sexta-feira (24).

A Bolsa de Valores de São Paulo, que já abriu em baixa de -2%, despencou para -9,60% logo após o pronunciamento do então ministro da Justiça, e acabou fechando em queda de -5,45%. 

O dólar, por sua vez, que já havia encerrado a quinta-feira em alta, a R$ 5,52, subiu ainda mais, e terminou o dia com uma valorização de 2,33%, valendo R$ 5,66.

Especialistas explicam como o cenário político interfere na dinâmica do mercado financeiro. "Você não vai investir em um país onde você tem tanta instabilidade sobre o que pode acontecer na semana que vem, quanto mais daqui a dez anos. E agora, com a saída do Moro, o mercado gerou toda essa incerteza. Então, naturalmente, você diminui risco, você sai de bolsa e, ao mesmo tempo, você procura outro porto seguro, que é a moeda americana", argumenta Rodrigo Matias Franchini, que é sócio de uma corretora de valores.

De acordo economistas, a saída de Sergio Moro do Governo fez aumentar ainda mais as incertezas de empresários e investidores, que já era grande com a demissão de Luiz Henrique Mandetta, do Ministério da Saúde, em plena crise do novo coronavírus.

A maior preocupação, agora, é com a condução da política econômica do país. Um detalhe que chamou a atenção do mercado, nesta semana, foi ausência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no anúncio do Programa Pró-Brasil, que prevê investimentos em obras infraestrutura, com recursos públicos. Para os analistas, os conflitos políticos têm prejudicado a agenda de reformas do governo e diminuído a confiança dos investidores.
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