Jornalismo
Brasil tem 3.148 denúncias de profissionais da saúde por falta de EPIs
Em um hospital de São Paulo, médicos e enfermeiros têm usado capas de chuvas, fornecidas pela instituição, para substituir o avental de proteção
SBT News
• Atualizado em
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Nos últimos trinta dias, a Associação Médica Brasileira registrou 3.148 denúncias de falta de equipamentos de proteção para profissionais da saúde. Mais de um terço das queixas ocorreram no estado de São Paulo.
De cada dez registros feitos pela associação, seis relatam a escassez de aventais ou macacões impermeáveis. É o caso do hospital municipal Tide Setúbal, na zona leste da capital paulista, onde médicos e enfermeiros, que lidam diretamente com pacientes da Covid-19, têm usado capas de chuvas para substituir o equipamento de proteção.
"Dê-se por feliz em ter a capa de chuva, porque até em Nova York, estão usando saco de lixo. A gente dá banho no leito, coloca fralda, a gente faz acesso para medicar. Ela [a capa] está substituindo o avental impermeável e seria o ideal o impermeável, como não tem, eles estão fornecendo a capa de chuva", relata uma funcionária terceirizada, que prefere não ser identificada. Segundo ela, a unidade também não tem máscaras do modelo N-95 suficientes para os profissionais.
Imagens, registradas dentro da unidade de terapia intensiva do Hospital Estadual de Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo, mostram uma enfermeira explicando como a peça improvisada deve ser usada pelos profissionais. "Após vestir a capa de chuva, ela vai pegar o avental descartável, que nesse caso não é impermeável, porque a capa está fazendo essa função. Com a capa de chuva, a gente tem a proteção da face e de pescoço", defende a funcionária.
Para os especialistas, a improvisação vai além dos riscos à saúde dos pacientes e dos profissionais da saúde. "É ilegal, antiético e uma coisa que e inaceitável em pleno século 21", afirma o infectologista Renato Grinbaum.
Sobre as denúncias, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo alegou que a utilização dos equipamentos de proteção está sendo feita de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, e disse que negocia a compra de máscaras e aventais impermeáveis.
Já a Secretaria de Saúde do estado informou que o Hospital Francisco Morato está abastecido com os equipamentos de proteção individual e que fez uma nova compra do material necessário.
De cada dez registros feitos pela associação, seis relatam a escassez de aventais ou macacões impermeáveis. É o caso do hospital municipal Tide Setúbal, na zona leste da capital paulista, onde médicos e enfermeiros, que lidam diretamente com pacientes da Covid-19, têm usado capas de chuvas para substituir o equipamento de proteção.
"Dê-se por feliz em ter a capa de chuva, porque até em Nova York, estão usando saco de lixo. A gente dá banho no leito, coloca fralda, a gente faz acesso para medicar. Ela [a capa] está substituindo o avental impermeável e seria o ideal o impermeável, como não tem, eles estão fornecendo a capa de chuva", relata uma funcionária terceirizada, que prefere não ser identificada. Segundo ela, a unidade também não tem máscaras do modelo N-95 suficientes para os profissionais.
Imagens, registradas dentro da unidade de terapia intensiva do Hospital Estadual de Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo, mostram uma enfermeira explicando como a peça improvisada deve ser usada pelos profissionais. "Após vestir a capa de chuva, ela vai pegar o avental descartável, que nesse caso não é impermeável, porque a capa está fazendo essa função. Com a capa de chuva, a gente tem a proteção da face e de pescoço", defende a funcionária.
Para os especialistas, a improvisação vai além dos riscos à saúde dos pacientes e dos profissionais da saúde. "É ilegal, antiético e uma coisa que e inaceitável em pleno século 21", afirma o infectologista Renato Grinbaum.
Sobre as denúncias, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo alegou que a utilização dos equipamentos de proteção está sendo feita de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, e disse que negocia a compra de máscaras e aventais impermeáveis.
Já a Secretaria de Saúde do estado informou que o Hospital Francisco Morato está abastecido com os equipamentos de proteção individual e que fez uma nova compra do material necessário.
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