Publicidade
Jornalismo

Sobreviventes relembram momentos de terror um ano após massacre em Suzano

Dois atiradores invadiram a escola Raul Brasil, na Grande São Paulo, e assassinaram cinco alunos e duas professoras, antes de cometerem suicídio

Imagem da noticia Sobreviventes relembram momentos de terror um ano após massacre em Suzano
Sobreviventes relembram momentos de terror um ano após massacre em Suzano
• Atualizado em
Publicidade
O massacre na escola Raul Brasil, em Suzano, completa um ano nesta sexta-feira (13). A tragédia, que chocou o país e o mundo, é considerada a maior da história do Brasil.

O ataque de dois ex-alunos terminou com a morte de cinco adolescentes, uma professora, uma inspetora e o tio de um dos atiradores. Depois do atentado, os rapazes cometeram suicídio.

Um dos sobreviventes é Leonardo. O jovem, então com 16 anos, estava dentro da escola durante a invasão e conta que só escapou com vida porque "correu e correu", como nunca antes, e conseguiu pular um muro de cinco metros, antes de ser alcançado pelos atiradores. 

"Eu ouvi o primeiro barulho, ai eu olhei assim, e já vi tudo, vi o pessoal pulando o muro da quadra para sair da escola já. Eu não pensei duas vezes também", ele relata.

Hillary, que tinha 15 anos, estava perto da secretaria, onde começou o massacre. A adolescente, que treina jiu jitso, lembra como lutou pela própria vida, como uma guerreira.

"[Como ele te segurava?] Pela blusa e pelo cabelo, tentando me derrubar. E como eu estava com a base, a todo momento, ele me segurava, ele tentava me dar rasteira com o pé dele, batendo no meu pé". A cena descrita pela garota foi flagrada pelas câmeras de segurança da escola; imagens que repercutiram pelo mundo.

O policial militar Guilherme estava na casa dele, a vinte metros da escola, quando ouviu os primeiros disparos. "Fui adentrando ao pátio, encontrei uma aluna que vinha desesperada, ela ficou na linha de tiro entre eu e o guilherme [um dos atiradores]. Falava para ele se estregar, que o prédio estava cercado, que não tinha para onde correr, esse momento me marca muito, porque ninguém respondia".

Ao final de um ano difícil, Eduardo foi escolhido para ser o paraninfo da turma que se formou na Raul Brasil. "Sou padrinho deles agora, para sempre. Foi um laço estabelecido, que não se quebra mais. [Melhor que qualquer medalha?] Com certeza!".

Em Suzano, o dia foi marcado por homenagens às oito vítimas do massacre.

Confira a reportagem completa de Simone Queiroz:
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade