Caso Raíssa: Menina foi abusada sexualmente antes de ser morta, diz MP
Ainda, de acordo com o relato da promotoria, o garoto premeditou o crime e agiu por conta própria
SBT News
Ministério Público de São Paulo conclui que a menina Raíssa, de 8 anos, foi abusada sexualmente antes de ser morta por asfixia por um menor de 12 anos. Ainda de acordo com o relato da promotoria, o garoto premeditou o crime e agiu por conta própria.
Os promotores também afirmam que Raíssa não tinha discernimento para pratica do crime e não podia oferecer resistência. Para o Ministério Público, o jovem premeditou o crime e é o único responsável pela morte.
O documento é baseado no laudo necroscópico fornecido pelo IML e descreve o laudo da morte da menina, e afirma que Raíssa Eloá foi conduzida ao Parque Anhanguera pelo menino que abusou sexualmente da garota antes de asfixiá-la.
O relatório feito pelo Ministério Público será encaminhado à Justiça e o adolescente deve passar por novos exames psicológicos, onde será concluído se o menino apresenta algum grau de psicopatia ou transtorno mental para que então a Justiça decida se o adolescente permanecerá internado em uma clínica de reabilitação da Fundação Casa, onde não poderá conviver com a sociedade, ou se será transferido para um Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente.
O Caso
Raíssa Eloá foi com a mãe e o irmão a uma festa no Centro Educacional Unificado de Perus, região norte de São Paulo, na manhã do dia 29 de setembro.
A garota foi levada a pé do local por um adolescente, colega dela, até o Parque Anhanguera, na zona norte da capital. Após duas horas, o garoto procurou a Guarda Civil e disse ter encontrado o corpo de Raíssa pendurado em uma árvore, com sinais de violência.
O menor de 12 anos foi apreendido e encaminhado ao Departamento de Homicídios, onde contou três versões para o mesmo crime. Em seu último depoimento, o garoto confessou ter matado sozinho a menina Raíssa e afirmou ter usado um galho de árvore para golpeá-la.
Raíssa era autista e fazia acompanhamento há um ano. Ela e o assassino moravam a 100 metros de distância e até o dia do crime, o adolescente nunca havia apresentado comportamento fora do normal.