Polícia investiga tiroteio durante assalto em posto de combustíveis

A polícia está investigando um tiroteio que aconteceu após uma tentativa de assalto em um posto de combustíveis, em Itaquaquecetuba no último sábado (12). Câmeras de segurança registraram quando dois homens tentaram assaltar dois casais de motociclistas no posto, porém entre as vítimas, estavam dois Guardas Civis, que efetuaram disparos contra os assaltantes.

Nas imagens é possível ver que os criminosos chegaram a pé, e fizeram os casais deitar no chão. Ao tentarem fugir, o GCM Emanuel Formagio começa a disparar contra um dos ladrões. 

Já o outro Guarda, Adriano Rodrigues, descarregou a pistola em direção a um carro, que parou no posto no pouco tempo depois de os criminosos chegarem no local. Foram 16 disparos, dois jovens que estavam dentro do veículo morreram, e um ficou ferido.

De acordo com a família, os jovens eram Rodinei Alves dos Reis, Kauê Francisco e Bruno de Souza, que foram trabalhar como ambulantes em Aparecida. Rodinei e Bruno morreram na hora, já Kauê desceu do carro ferido, deitou no chão, e foi agredido pelo guarda Adriano, que deixou o jovem amarrado no meio do posto. 

A namorada do guarda Emanuel, Roberta de Franca, foi ferida no peito. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no local.

Dois homens foram presos, um deles foi reconhecido pelos guardas como o assaltante que fugiu dirigindo a motocicleta roubada, que foi encontrada em um terreno próximo à casa dele. O suspeito, que foi baleado no pé e preso em um hospital, tem passagem pela polícia por furto. O homem que baleou Roberta está foragido. 

Kauê também foi preso, mas não tem antecedentes criminais. Em depoimento, o rapaz contou que foi para aparecida vender água. Apesar de não ter sido reconhecido pelos guardas, foi determinado pela Justiça que ele continue na cadeia. A polícia ouviu os suspeitos na tarde dessa quarta-feira (16), e irá decidir se a prisão de Kauê será ou não revogada.

As armas usadas pelos GCMs foram apreendidas, e a atuação deles está sendo investigada pelo setor de homicídios.

Testemunhas ouvidas pela polícia disseram que Kauê e seus amigos não tinham nada a ver com o assalto, e a esposa de Rodinei fez um apelo por justiça: "O GCM vai sair impune? Porque foi um massacre, mostra muito bem, ele não reagiu, ele não reagiu, os meninos nem saíram de dentro do carro".