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Jornalismo

Um ano do incêndio e desabamento de um prédio no centro de São Paulo

A tragédia deixou sete mortos, dois desaparecidos e duzentas e noventa e uma famílias desabrigadas

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Um ano do incêndio e desabamento de um prédio no centro de São Paulo
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Nesta quarta-feira (01), completa-se um ano desde que o Edifício Wilton Paes de Almeida, de vinte e dois andares, pegou fogo e desabou no centro de São Paulo, deixando sete mortos, dois desaparecidos e duzentas e noventa e uma famílias desabrigadas.

A tragédia expôs um dos maiores problemas da capital: a falta de moradia para milhares de paulistanos. Segundo a Prefeitura o déficit habitacional da cidade é de quase meio milhão de novas moradias. 

Na maior cidade da América Latina, existem 219 ocupações irregulares de edifícios em condições tão precárias quanto o que desabou no ano passado. 

A Prefeitura prometeu entregar vinte e cinco mil moradias até o final do ano que vem. Contudo, os sobreviventes do edifício Wilton Paes estão, hoje, no final dessa fila, que tem cento e dez mil pessoas aguardando.

Depois da tragédia, cinquenta e um prédios ocupados foram vistoriados no centro de São Paulo; sete foram interditados. Contudo, em quarenta e quatro deles, famílias continuam morando.

O Ministério Público abriu ações contra os donos de quinze desses imóveis. Os promotores cobram reparos e irão responsabilizar tantos os proprietários, quanto o poder público.

O SBT Brasil teve acesso ao laudo do incêndio que culminou no desabamento do edifício Wilton Paes. O documento, porém, é inconclusivo. Nele, os peritos apontam como prováveis causas um curto-circuito nas instalações ou ainda o lançamento de um objeto de fácil combustão em um dos cômodos. 

Três líderes da ocupação foram indiciados no inquérito policial: Ananias Pereira dos Santos, Hamilton Coelho Rezende e Nireudes de Jesus de Oliveira. Mas, o Ministério Público não denunciou nenhum deles e solicitou o aprimoramento do laudo. 

 

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