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Voepass: familiares e amigos das vítimas do acidente aéreo fazem homenagens em Cascavel (PR)

Cidade de onde decolou a aeronave ficou marcada por homenagens

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Na entrada principal da Unioeste - a Universidade Estadual do Oeste do Paraná -, um laço preto em sinal de luto foi pendurado | Reprodução
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Três dias depois do acidente aéreo da companhia Voepass, a cidade de Cascavel, local de onde decolou a aeronave, ficou marcada por homenagens às vítimas nesta segunda-feira (12). Após a divulgação da lista, os nomes foram ganhando rostos, familiares e profissões. Dos 62 mortos, pelo menos 20 são da cidade paranaense.

Na entrada principal da Unioeste - a Universidade Estadual do Oeste do Paraná -, um laço preto em sinal de luto foi pendurado. Bandeiras foram hasteadas a meio mastro. Entre os mortos na queda do avião, estão professores, médicos e ex-alunos que fizeram parte da história do campus.

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O engenheiro agrícola Diogo Andrade conta que foi aluno de Delnir Secco, uma das vítimas do acidente. "Ele era um cara muito esforçado. Tudo que ele conquistou foi na base do esforço e pregava isso pra gente também. Era a forma dele de mostrar o melhor", lembra o acadêmico.

O Hospital do Câncer de Cascavel também homenageou as duas residentes que estavam no avião.

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A venezuelana Josgleidys Gonzalez, o filho Joslan, de quatro anos, e a mãe dela, Maria Parra, também morreram na tragédia. A família venezuelana morava em Cascavel e deixou a cidade em busca de um futuro melhor. As vítimas adotaram recentemente a cachorrinha Luna e não queriam deixá-la para trás, conta Mariana Cordeiro Carvalho, voluntária na ONG ACIPA (Associação Cidadã de Proteção aos Animais).

"Eles estavam aliviados por não terem que deixar ela pra trás. Nós até perguntamos se eles gostariam de deixar ela pra encaminhamento de adoção aqui por causa das dificuldades de transporte, mas em momento algum eles quiseram deixar", conta.

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A passageira mais nova do avião era Liz, de três anos. A coordenadora pedagógica Patrícia Vieira trabalhou na escolinha onde a menina estudava e destaca a doçura da criança, que morava com a mãe em Cascavel e viajava com o pai para passar, com ele, o fim de semana. "Ela era uma menina muito doce, muito amorosa, adorava ir pra escola, convivia com os colegas. Ela cativava todos os colegas, toda a escola", afirma.

O centro de convenções e eventos de Cascavel está sendo preparado para receber os corpos das vítimas da tragédia. A prefeitura está organizando um velório coletivo e deve disponibilizar uma equipe para dar suporte às famílias que quiserem usar o espaço para a despedida. "Nós temos que demonstrar que isso é não tirou os familiares dessas pessoas, tirou um pedaço da nossa cidade, do Paraná, do país", diz Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel.

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