Suzane von Richthofen presta concurso público em São Paulo; saiba o cargo e o salário

Suzane ex-von Richthofen, condenada a quase 40 anos de prisão pelo assassinato dos próprios pais, se inscreveu em um concurso público do Tribunal de Justiça de São Paulo para o cargo de escrevente técnico. Neste momento, ela cumpre a pena no regime aberto, é mãe, vive no interior de São Paulo com o marido e faz faculdade de Direito.

Em fevereiro deste ano, na tentativa de se afastar das memórias do crime que comoveu o país, Suzane adotou o sobrenome da avó materna e do marido e passou a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz. O SBT News acessou o edital do certame e confirmou a convocação dela para realizar a prova objetiva do concurso, no domingo (8), em Campinas, interior de São Paulo.

Veja:

Na prova objetiva, são avaliados os seguintes critérios:

• Língua Portuguesa.
• Conhecimentos em Direito.
• Conhecimentos Gerais (atualidades, matemática, informática e raciocínio lógico).

Em seguida, os mais bem colocados desse teste passam para a segunda etapa do processo, que é uma prova prática de digitação, procedimentos de heteroidentificação e de perícias biopsicossociais.

Segundo o edital, são 572 vagas ofertadas para o cargo no sistema judiciário espalhadas no estado de São Paulo. O salário é de R$ 6.043 com benefícios de alimentação, saúde e transporte.

Além disso, ao todo, 89.586 pessoas se increveram no concurso, o que significa que 156 inscritos competem para uma vaga.

A Justiça explica que a função do escrevente é dar suporte técninco e administrativo nas unidades judiciais, além de "dar andamento em processos judiciais e administratios, atender ao público interno e externo, elaborar e conferir documentos, controlar a guarda do material do expediente, atualizar-se à legislação.

O SBT News pediu uma nota de posicionamento para o Tribunal de Justiça e questionou se Suzane, em caso de aprovação, vai poder assumir o cargo, mas não teve resposta. O espaço segue aberto e a reportagem será atualizada.

Relembre o crime

Suzane matou os pais, Marísia e Alfred von Richthofen, no dia 31 de outubro de 2002, com ajuda de seu namorado na época, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian. Os três confessaram participação no assassinato e foram condenados.

Suzane e Daniel foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão. Ele já havia progredido para o regime aberto, enquanto ela estava no semiaberto. O crime chocou o Brasil pelos requintes de crueldade – as vítimas foram mortas a marretadas – e pela frieza de Suzane no enterro dos pais.

Em março de 2022, Cristian progrediu para o regime semiaberto. Ele foi condenado a 38 anos e seis meses de prisão.