SP registra aumento de 139% nos atendimentos ambulatoriais por acidentes com pipas
Ocorrências acontecem devido ao uso do cerol e outras linhas cortantes
O número de atendimentos ambulatoriais por acidentes com pipa vem aumentando em São Paulo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, entre janeiro e maio deste ano foram registrados 1.326 atendimentos médicos por objetos cortantes, como o cerol, número 139% superior ao contabilizado no mesmo período em 2023 – 555.
Praticamente invisível a olho nu, o cerol pode causar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes. O uso do material costuma colocar em risco principalmente motoqueiros e ciclistas, que, quando atingidos pelo fio, podem ter ferimentos mais graves devido à velocidade do vento e do deslocamento.
O perigo costuma atingir também as crianças, que ao brincar na rua, podem não perceber a linha e acabar se cortando. Animais também são vítimas do material.
Tão perigosa quanto o cerol, é a linha chilena, também utilizada para soltar pipas. O artefato leva à sua composição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes. A prática, além de trazer o risco de cortes profundos, pode induzir choques, curto-circuitos e danificar a fiação se entrar em contato com redes elétricas.
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Em São Paulo, o uso, a fabricação e a comercialização do cerol e demais linhas cortantes são proibidas. O mesmo pode ocorrer em todo o país caso o Congresso aprove o projeto de lei que tipifica o uso de cerol ou linha cortante como crime. O texto prevê multa e detenção de um a três anos para aqueles que soltarem pipa com os materiais.