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Brasil

Sem proposta de reajuste salarial em 2024, paralisação das universidades continua

Governo propôs alteração na carga horária dos docentes, além de grupo de trabalho para discutir reestruturação acadêmica

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Após reunião entre o governo federal e representantes dos professores de universidades e institutos federais nesta sexta-feira (14), as partes não conseguiram chegar a um acordo e a paralisação, que já dura dois meses, vai continuar.

O governo propôs alterar a carga horária do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), mediante revogação da Portaria nº 983/2020, que amplia a carga horária dos docentes. A norma é criticada por ampliar a carga horária mínima semanal dos professores de institutos federais. A categoria defende que a exigência imposta pela portaria prejudica a pesquisa e a extensão, pois os docentes ficariam restritos ao exercício em sala de aula.

Além disso, o governo prometeu a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir a reestruturação acadêmica. Sem proposta de reajuste salarial em 2024, no entanto, não houve acordo para encerrar a paralisação.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) queria garantir um aumento ainda em 2024. A classe reivindica aumento de 3,69% para agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

No início da semana, o presidente da República anunciou um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para centros e hospitais universitários que contará com R$ 5,5 bilhões em investimentos.

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