Publicidade
Brasil

Priscila Fantin revela que ex-marido está distante do filho há 7 anos; saiba o que é abandono parental

Atriz disse que até chegaram a acontecer alguns encontros entre os dois e que hoje ela cria o filho com o atual companheiro, Bruno Lopes

Imagem da noticia Priscila Fantin revela que ex-marido está distante do filho há 7 anos; saiba o que é abandono parental
Priscila Fantin revela situação de distância entre ex-marido e filho | Reprodução/Instagram
,
• Atualizado em
Publicidade

A atriz Priscila Fantin, atualmente no ar na reprise da novela Alma Gêmea da TV Globo, abordou uma situação bastante delicada em participação no podcast "Mil e Uma Tretas": ela disse que seu ex-marido, Renan Abreu, está distante de seu filho Romeo Fantin, desde que os dois se separaram e o menino tinha apenas cinco anos, em 2017.

+ Exclusivo: quase 80 crianças ficam sem nome do pai no registro de nascimento por dia em SP

"Ele [Romeo] ficava: ‘Vamos ligar para ele, vamos falar com ele’. Eu tentava ligar e ele [Renan] não atendia. Depois de dias, ele falava assim: ‘Já sei, o celular dele deve ter quebrado’. E eu dizia: ‘Deve ter quebrado, deve ter perdido, deve ter mudado de número, algo assim’”, disse a atriz.

+ Por que comportamentos autodestrutivos têm crescido entre crianças e jovens?

Em certo momento, segundo a atriz, Romeo chegou a acreditar que o pai havia falecido.

“Chegou a um ponto em que ele começou a ficar preocupado, pensando que o pai tinha morrido, porque ele não conseguia entender o desaparecimento”, revelou a atriz.

Com a repercussão do caso, Priscila disse que até chegaram a acontecer alguns encontros entre os dois e que hoje ela cria a criança com atual companheiro, Bruno Lopes, e que o caso está sob segredo de Justiça. O podcast "Mil e uma tretas" também divulgou uma nota oficial nas redes sociais:

"Nós, do @mileumatretas, deixamos claro que em nenhum momento a @priscilafantin acusou o genitor de abandono durante nosso programa. Priscila foi pega de surpresa pelo tema do episódio (falha na comunicação da produtora que a contactou) e tentou dar sua contribuição a fim de ajudar outras mulheres, que é o maior intuito do nosso programa", diz o comunicado.

O que é abandono parental?

Por definição, abandono parental é quando um pai ou uma mãe não cumpre os seus deveres e responsabilidade para com os filhos (as). Mas isso acontece principalmente com a figura paterna. Até 2022, 11 milhões de mulheres criavam sozinhas os filhos no Brasil, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O abandono paterno, apesar de ser mais intenso quando a figura do pai desaparece fisicamente, vai além da ausência e distância física, segundo Filipe Colombini, psicólogo parental e diretor da Equipe AT (Acompanhamento Terapêutico), o que configura abandono afetivo.

De acordo com o especialista, há casos, por exemplo, em que há uma convivência física, mas não se tem um contato e uma conexão afetiva. Ele complementa que, geralmente, é a mãe que assume esse tipo de tarefa dos cuidados da criança em razão do "machismo inerente da sociedade".

"Esse cuidado tem a ver com proximidade, com rotina, estabelecimento de suporte de valores, conexão emocional, enfim, se responsabilizar pela vida educativa da criança", disse.

Filipe ressalta que só oferecer suporte financeiro para a criança não é suficiente para cumprir os requisitos de suporte emocional e responsabilidade afetiva com o filho. Por isso, continua sendo abandono afetivo.

"Às vezes parece que estamos na década de 1950 e 1960, em que o pai acha que só ajudar financeiramente significa estar presente na vida da criança", disse.

Quais podem ser as consequências de um abandono?

Os efeitos psicológicos do abandono afetam a mãe, uma vez que ela fica sobrecarregada de atividades e responsabilidades, e a criança, que pode desenvolver dificuldades sociais, comportamentos violentos, baixa autoestima, dificuldade de se envolver em relações afetivas e se culpar frequentemente por tudo, segundo o especialista.

No caso de mães-solo, ainda que estejam em outros arranjos familiares que não envolvam o abandono paterno, o psicólogo destaca que sempre é necessário ter uma rede de suporte para que elas não fiquem "abarrotadas de responsabilidade e tenham uma quebra emocional em razão do estresse".

Abandonar é crime?

Tramita no Congresso Nacional, um projeto de lei de autoria da deputada Juliana Cardoso que torna ato ilícito o abandono afetivo de filhos por pai, mãe ou representante legal, desde que efetivamente comprovadas as consequências negativas do abandono.

A proposta recomenda que o conselho tutelar implemente medidas para prevenir o abandono afetivo de crianças e adolescentes por parte de seus pais. Além disso, permite que os conselheiros notifiquem o pai ausente para orientações ou outros encaminhamentos, incluindo a possibilidade de indenização por danos causados pelo abandono afetivo.

O projeto de lei também incentiva o Poder Público a promover campanhas de conscientização e prevenção contra o abandono material e afetivo, destacando a responsabilidade compartilhada e a participação ativa de ambos os pais na criação dos filhos.

Buscas por abandono parental com tendência de alta

O interesse de busca por abandono parental está em uma nova tendência de alta no Google Brasil nesta quarta-feira (21), após atingir um pico no último dia 19 de agosto. Os dados, com base nos últimos 30 dias, são do Google Trends.

Publicidade

Assuntos relacionados

Brasil
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade