Piloto cearense é interceptado por caça da FAB e registra momento
Abordagem é protocolo de rotina da Força Aérea Brasileiro, como uma blitz de trânsito; vídeo viralizou nas redes sociais
Giovanna Tuneli
Durante um voo de Fortaleza (CE) para Recife (PE), o piloto cearense Alexandre Frota foi interceptado por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB). A abordagem aconteceu enquanto sobrevoava próximo à base aérea em Natal (RN) no dia 14 de março. Após a solicitação de algumas informações, a aeronave foi liberada para seguir viagem.
Alexandre decolou da pista de voo do clube Catuleve, no município de Aquiraz, em Fortaleza, com destino ao aeródromo Coroa do Avião, próximo a Recife, para renovar a sua licença de aviação. Ele é piloto profissional há mais de 10 anos e adquiriu o monomotor experimental modelo RV-10 por hobby.
Quando já estava nivelado a 2.500 pés, cerca de três quilômetros de altitude, o A-29 Super Tucano da FAB interceptou a aeronave, solicitando para Alexandre sintonizar na frequência de rádio 121.50 MHz. O pedido dos militares é feito por meio de uma placa que fica ao lado do caça, segundo o cearense.
O piloto disse, ao SBT News, que já foi interceptado outras vezes e explica que é um protocolo de rotina da Força Aérea Brasileira, em que os agentes se identificam e fazem algumas perguntas. "No meu caso foi nome, número da minha habilitação, de onde eu vinha e para onde eu ia e o tipo de missão". Enquanto eles checam as informações com a base, a aeronave abordada deve esperar.
Como Alexandre estava com as documentações em dia, foi liberado para seguir viagem. No vídeo publicado pelo dono do avião, é possível ver o momento em que o caça some no céu. O momento foi descrito pelo cearense como "saída com estilo".
Ele compara a interceptação da aeronave a blitz de carro: "Por mais que esteja tudo correto, sempre dá aquele friozinho na barriga e aquela incerteza". Alexandre explica que, caso houvesse algum problema nas informações, os pilotos da FAB iriam ordenar que o avião pousasse em algum local adequado por perto.
De acordo com o piloto profissional, uma aeronave só é abatida se não responde ao comando ou se tenta fugir da abordagem. "Eles dão tiros de aviso, forçam o pouco. O abate é o último caso", conta Alexandre.
