Opinião: As quatro operações básicas em 14 dias de calamidade no RS
A soma, que já contabiliza 116 mortos, 143 desaparecidos e 337.000 pessoas fora de casa dói demais para ser uma simples conta
Os números da tragédia ganham nomes em uma lista divulgada pelo governo do Rio Grande do Sul.
A soma, que já contabiliza 116 mortos, 143 desaparecidos e 337.000 pessoas fora de casa dói demais para ser uma simples conta. Já são quase dois milhões de afetados.
Os abrigos improvisados acolheram cerca de 70.000 pessoas. Gente que também sobrevive de doações e da solidariedade de estranhos.
Apesar de a matemática ser uma ciência exata, o resultado dessa tragédia ainda é incerto. O valor, de momento, representa o tamanho de uma dor que só se multiplica com o passar das horas e dias em quem perdeu tudo. Principalmente, um pai, uma mãe, um filho, um parente ou um amigo próximo.
Calcular como superar essa tragédia, é dividir o sentimento da perda com o impulso para seguir em frente, sem saber o que está por vir. Essa catástrofe climática pode até tirar, subtrair um pouco, o sentimento de esperança em muitos momentos, mas a situação não acaba ou retira o espírito de união.
Essas são as quatro operações básicas da matemática em 14 dias de calamidade no Rio Grande do Sul.