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Brasil

Museu Nacional recebe doação de mais de mil fósseis brasileiros

Todas as peças foram cedidas pelo alemão Burkhard Pohl, dono de uma das maiores coleções particulares do gênero no mundo, nesta terça-feira (7)

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Fachada do Museu Nacional
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Cinco anos após ser destruído por um incêndio, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, recebeu uma importante doação para a reconstrução do seu acervo. Foram doados 1.104 fósseis brasileiros, encontrados na Bacia do Araripe, que abrange os estados do Ceará, de Pernambuco e do Piauí.

Todas as peças foram cedidas pelo alemão Burkhard Pohl, dono de uma das maiores coleções particulares do gênero no mundo, nesta terça-feira (7).

O museu teve 85% de suas instalações destruídas por um incêndio em setembro de 2018. A fachada já está totalmente restaurada, mas dentro do local ainda há muito a ser feito. No salão de entrada, apenas o meteorito Bendegó permanece intacto. Recompor o acervo é um dos maiores desafios.

Uma das principais peças doadas é parte do esqueleto de um Tupandactylus, um réptil alado, que foi reproduzido em resina. A coleção ainda inclui vestígios de dinossauros, tartarugas, e até baratas, que viveram há milhões de anos.

Burkhard Pohl é dono de uma das maiores coleções particulares do gênero no mundo e referiu-se ao Museu Nacional como o mais importante do país. "O museu mais importante do Brasil tem um amplo estoque de fósseis brasileiros para mostrar ao público e também aos cientistas”, diz o colecionador ao SBT.

Criado por Dom João VI há mais de duzentos anos, o Museu Nacional foi praticamente destruído por um incêndio em setembro de 2018. O fogo foi provocado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado.

Das peças doadas, 80% estarão em exposição no museu, que deve ser reinaugurado em 2026. Esses fósseis também serão estudados por pesquisadores para desvendar ainda mais sobre como era o Brasil na pré-história.

"O principal ponto dessa doação é justamente poder proporcionar a oportunidade para jovens cientistas a desenvolverem seus trabalhos de doutoramento, seus trabalhos de graduação e também de mestrado, na pesquisa de fósseis, que é o único caminho que nós temos para entender um pouquinho mais da diversificação e evolução da vida nesse cantinho nosso que é o Brasil", diz Alexandre Kellner, diretor do Museu Nacional.

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